Ter um pet em casa é diversão garantida. Mas, quem quer adotar ou comprar um bichinho deve ter em mente que uma série de custos mensais entrarão no orçamento.
Os gastos variam de acordo com o porte e espécie do animal. De acordo com pesquisa de mercado feita pelo Diário do Nordeste, o custo mensal pode variar entre R$ 63,67 e R$ 377,08, considerando cachorros de porte pequeno, médio e grande, gatos e aves.
A simulação leva em conta gastos com ração, banho e tosa, veterinário, vacinas, antipulgas e vermífugo, de acordo com as indicações para cada espécie.
As orientações de quantidades e procedimentos necessários foram indicadas pelas veterinárias Liza Granja e Giulia Santana, especializadas em clínica geral e de animais silvestres, respectivamente.
Importante ressaltar que cada animal pode ter necessidades específicas e a avaliação individual de um veterinário é recomendada para definir quantidade de alimentação e frequência de vermifugação e aplicação de antipulgas.
Cachorro
Para a simulação, foi considerada uma marca do tipo premium, indicada por veterinários. As quantidades mensais variam de acordo com o porte do animal, sendo em média um pacote de 3 kgs para cães pequenos, meio pacote de 15 kg para cães médios e um pacote de 15 kg para cães grandes.
A simulação também considera dois banhos mensais, sendo um com tosa. É considerada uma consulta anual com veterinário para check-up, sem contar possíveis exames que possam ser solicitados.
Com relação a vacinação, são colocadas todas as doses indicadas para a imunização do animal filhote. O cronograma inclui três doses iniciais da vacina V8, três doses da vacina contra leishimaniose, duas doses da giardia e uma contra gripe.
Também é necessária a vacinação contra raiva, mas esse custo não foi incluído, visto que a vacina pode ser aplicada gratuitamente pelo SUS. Além das doses iniciais, é indicada uma dose de reforço anual para todas as vacinas indicadas.
O custo de vermífugo foi calculado considerando uma vermifugação a cada 6 meses, o indicado para cães que vivem em casa e não têm contato com outros animais. A dosagem depende do peso do animal.
A veterinária Liza Granja recomenda o uso contínuo de coleira antipulgas, custo que também foi colocado na conta.
Pequeno porte
Médio porte
Grande porte
Gato
O consumo mensal considerado para um gato foi de um pacote de 3 kg, podendo variar para menos a depender do peso do animal. Com relação a banhos, foi colocado um banho a cada dois meses, mas isso pode variar a depender da raça e das condições de criação do pet (por exemplo, se ele visita ou não a rua).
Também é considerada uma consulta anual para check-up e possíveis exames não entraram na conta. A vermifugação também é indicada a cada 6 meses para animais que vivem em casa.
No caso das vacinas, foram consideradas as doses iniciais para um filhote. O cronograma inclui três doses da vacina V3, que deve ser reforçada anualmente, além da antirrábica, que não entrou na conta por ser encontrada gratuitamente no SUS.
Foi considerada na simulação uma aplicação de antipulgas duas vezes por ano. O valor colocado foi uma média entre diversas marcas que são encontradas no mercado.
Aves
O custo para manter uma ave é menor devido ao animal não precisar de vacinas, banho e antipulgas. O consumo mensal de ração também é baixo; foi considerado um pacote de 500 gramas por mês.
O maior gasto é de veterinário. A indicação da veterinária Giulia Santana é que a ave passe por um check-up anual ou semestral, a depender da espécie. Na simulação, foi considerado um check-up anual.
O valor inclui a consulta e diversos exames que possam ser solicitados. A vermifugação do animal só é necessária caso isso seja constatado por exame de fezes.
Aumento nos custos
O presidente do Instituto Pet Brasil (IPB), Caio Villela, ressalta que os custos da indústria pet têm crescido acompanhando a inflação, mas que não houve ainda um repasse integral. A tendência é que ocorram reajustes seguindo a pressão inflacionária.
“As variações vem acompanhando a inflação e muito a situação do dólar, impacta diretamente nas commodities. O setor de alimentos acaba sendo impactado diretamente. A indústria absorveu em grande parte essa flutuação, não teve um repasse integral. Mas a tendência é que em 2021, 2022 continue seguindo a inflação”, prevê.
Também deve haver reajuste na área de serviços, devido a aumentos, por exemplo, na energia.