Uma proposta de regulamentação de energia eólica offshore, ou seja, no mar, foi protocolada nesta terça-feira (19) no Congresso.
O Ceará já possui seis projetos de usinas dessa modalidade esperando aprovação ambiental, totalizando mais de 11 GW de capacidade e R$ 110 bilhões em investimentos.
A solicitação, que também inclui a exploração de outras modalidade renováveis nas águas sob domínio da União, foi realizada pelo deputado federal Danilo Forte (PSDB-CE), presidente da Frente Parlamentar em Defesa das Energias Renováveis.
No início de outubro, em visita ao Ceará, o ministro Bento Albuquerque, de Minas e Energia, disse que poderá destravar mais de R$ 110 bilhões em investimentos no Estado nesse setor.
Albuquerque inclusive disse que o projeto de regulamentação das usinas eólicas offshore deverá ser aprovado ainda neste ano.
A possibilidade de utilização de turbinas com maior capacidade viabiliza um ganho considerável de escala e uma produção constante ao longo do ano, sendo a principal vantagem da modalidade.
A regulamentação traria segurança jurídica e regulatória aos investidores do segmento, que está diretamente atrelado à produção de hidrogênio verde, matriz que também tem sido destaque no Estado com dez memorandos de entendimento já assinados.
O Ceará já possui seis projetos de usinas offshore a espera de licenciamento do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), totalizando quase 20% da capacidade brasileira que aguarda análise da instituição.
Veja projetos offshore previstos para o Estado:
- Alpha Winf (5,1 GW)
- Jangada (3 GW)
- Dragão do Mar (1,216 GW)
- Camocim (1,2 GW)
- Caucaia (576 MW)
- Asa Branca (400 MW)
Transição energética
Forte ressalta que a transição energética mundial deve acelerar nos próximos dez anos, tendo em vista o processo de descarbonização do setor e da mobilidade em geral, o que coloca o Brasil no epicentro dessa mudança.
"Embora o Brasil detenha um setor de geração de energia elétrica com baixa emissão de carbono em comparação com o restante do mundo, deverá, por conta de suas condições climáticas, topográficas, extensão territorial e de litoral, servir de plataforma para a descarbonização e a aceleração da transição energética em curso no planeta", ressalta o parlamentar.