Efetuar intensa pesquisa na hora de comprar o material escolar pode levar o consumidor a uma economia de até 616%, conforme levantamento do Departamento Municipal de Proteção e Defesa dos Direitos do Consumidor (Procon Fortaleza). A diferença foi observada nos preços da mochila escolar tamanho grande, encontrada a R$ 16,32 no estabelecimento mais barato e a R$ 117 no mais caro.
"Chama a atenção que ambas livrarias estão localizadas na Rua Floriano Peixoto, no Centro de Fortaleza, a poucos metros uma da outra. Portanto, a orientação é pesquisar", alerta o Procon.
Além da mochila, a instituição levantou os preços de outros 56 itens que estão entre os mais procurados nas listas de material escolar. A pesquisa foi realizada nos dias 6, 7 e 8 de janeiro, em oito livrarias e papelarias.
Na lista foram contemplados ainda preços de lápis, canetas esferográficas, pastas escolares, borrachas, réguas, apontadores de lápis, tesouras escolares, cadernos, mochilas com e sem carrinho e dicionários. A lista completa pode ser conferida aqui.
Produto | Menor preço | Maior preço | Variação |
Mochila G costas | R$ 16,32 | R$ 117,00 | 616,91% |
Mochila M costas | R$ 15,37 | R$ 69,90 | 354,78% |
Lápis preto | R$ 0,11 | R$ 0,50 | 354,55% |
Kit material 111 peças | R$ 11,30 | R$ 39,50 | 249,56% |
Caderno 15 matérias | R$ 9,58 | R$ 31,90 | 232,99% |
Apontador sem coletor | R$ 0,25 | R$ 0,80 | 220% |
Borracha | R$ 1 | R$ 2,90 | 190% |
Tesoura sem ponta | R$ 3,50 | R$ 9,90 | 182,86% |
Apontador com coletor | R$ 1,35 | R$ 3,70 | 174,07% |
Caderno 96 folhas | R$ 7 | R$ 17,90 | 155,71% |
O Procon alerta que as escolas não podem exigir a compra de itens de uso coletivo, o que caracteriza prática abusiva.
Marcas de produtos e especificação de livrarias também não podem ser determinadas pelas instituições de ensino, conforme o Procon.
As escolas particulares da Capital estão sendo notificadas desde novembro do ano passado, conforme o Procon, para que se abstenham da cobranças destes itens. O órgão alertou as escolas sobre a lista de itens proibidos. Em caso de descumprimento, as escolas podem ser penalizadas em multa de até R$ 13 milhões.