Potencial do serviço é elevado e atrativo

Espaço físico, baixo custo e possibilidade de network são fatores que atraem mais clientes ao coworking

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Mesmo com o grande crescimento no número de coworking em Fortaleza, que dobrou neste ano, a avaliação de quem está no setor é que ainda há muita demanda a ser atendida. No entanto, o ritmo de expansão dependerá da recuperação econômica. "Neste ano, tivemos meses bons e ruins. Mas é um mercado que promete, não é só uma moda. A tendência é mundial", acredita Marcos Parente, vice-presidente da Rede Coworking CE.

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Um dos principais atrativos dos espaços de trabalho compartilhado é a facilidade com que uma empresa ou um profissional autônomo pode dispor de toda a estrutura de um escritório, de maneira rápida, sem burocracia e por um baixo custo relativo. Diferentemente do que ocorre no aluguel de uma sala comercial, no coworking, não há necessidade de caução, fiador e as contas de água, luz, telefone e internet já estão inclusas na mensalidade. Os contratos podem ser por hora, mês ou ano, a depender da necessidade do usuário.

Outra vantagem é a interação com outros profissionais, que pode facilitar a geração de negócios. "Os clientes não buscam só a economia, mas o network. O coworking não é simplesmente uma infraestrutura. Ele é um organismo vivo que depende mais da gestão do que da infraestrutura", diz Parente, que é proprietário do Reserva Coworking.

Marcos Parente, que é corretor de imóveis, decidiu apostar no coworking por acreditar no potencial de crescimento da área. "O mercado imobiliário é muito oscilante. Então, a gente procurou um nicho de mercado mais seguro. No começo, achei estranho, mas conhecemos um espaço em São Paulo e vimos que lá essa ideia já estava bem difundida. Foi quando eu e minha esposa resolvemos montar o negócio aqui em Fortaleza", conta. Após um ano e quatro meses de operação, o Reserva Coworking conta com 60 membros de 42 empresas.

Estratégias

Para atrair e fidelizar clientes, as empresas de coworking também investem na apresentação do ambiente de trabalho e na realização de eventos voltados para a qualificação dos usuários, por meio de monitorias e palestras. "A gente tem uma preocupação com a saúde das empresas que estão aqui", diz Virgínia Martinelle, administradora do Elephant Coworking, um dos primeiros espaços de coworking de Fortaleza. "Mas eles também sentem a necessidade de estar dentro de um espaço de trabalho onde possam interagir com outros profissionais. Então, muitos negócios acontecem aqui", diz.

Segundo Martinelle, mesmo diante da crise econômica, o número de membros do Elephant Coworking aumentou. "Tivemos um crescimento de participantes engajados e lançamos um produto, o Membership, com o qual é possível ter acesso a todos os nossos eventos como palestras com especialistas nas áreas de empreendedorismo, inovação e tecnologia", conta.

Criado em 2013, o Elephant começou como um escritório de arquitetura dividido entre amigos que tiveram a ideia de abrir o espaço para outros profissionais ao constatarem o sucesso do modelo no exterior. Hoje, o espaço conta com mais de 220 membros ativos e recebe diariamente cerca de 150 pessoas. (BC)

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