Pedro Parente pode assumir a presidência da Petrobras

Brasília/São Paulo. O presidente interino Michel Temer busca um novo nome para substituir Aldemir Bendine no comando da Petrobras. Entre os mais cotados, está Pedro Parente, que foi ministros em três ocasiões diferentes no governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Parente, inclusive, ficou à frente do chamado "Ministério do Apagão", na crise energética vivida pelo País em 2001, quando o tucano era presidente.

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Segundo fontes próximas ao governo interino, a decisão de colocar Parente à frente da Petrobras já estaria tomada, mas ainda não foi comunicada oficialmente. Pedro Parente é engenheiro formado pela Universidade de Brasília e já comandou ministérios como o do Planejamento e a Casa Civil.

Emissão

A Petrobras anunciou ontem a oferta de títulos no mercado internacional com o objetivo de alongar o prazo de sua dívida. A intenção é usar a maior parte do dinheiro para recomprar outros títulos com vencimento a partir de 2017. Os bancos contratados para vender os papéis são Banco do Brasil, J.P. Morgan, Merrill Lynch, Pierce, Fenner & Smith Incorporated e Santander.

Inicialmente, o objetivo é recomprar títulos com vencimento em 2018, no valor de US$ 576 milhões. Depois, a empresa pretende recomprar títulos com vencimento entre 2017 e 2019, de até US$ 2,5 bilhões. Se a arrecadação superar os US$ 3 bilhões, os recursos adicionais poderão ser usados para "fins corporativos gerais", informou.

Fitch e Moody's

Ontem, a agência de classificação de risco Fitch atribuiu o rating BB à proposta de emissão de bônus globais, com vencimentos em 2021 e 2026, da Petrobras. As notas serão emitidas por meio de sua subsidiária integral, a PGF, e serão garantidas incondicional e irrevogavelmente pela estatal. A Moody's atribuiu rating B3 à emissão.