O Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJ-SP) aceitou, nesta segunda-feira (29), o processo de recuperação extrajudicial do Grupo Casas Bahia. A decisão é da 1ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais e cita as dívidas da companhia, que chegam a R$ 4,1 bilhões.
No parecer favorável à solicitação da empresa, o juiz Jomar Juarez Amorim determinou a suspensão de todas as execuções contra o grupo movidas por credores sujeitos ao plano de recuperação pelo prazo de 180 dias.
Na decisão, o magistrado evidenciou ainda a concordância dos credores que representam mais da metade dos créditos abrangidos pelo plano de recuperação extrajudicial.
O Bradesco e o Banco do Brasil são os maiores credores dessa dívida, com R$ 953 milhões e R$ 1,272 bilhão em debêntures, respectivamente, conforme divulgado pelo colunista Egídio Serpa.
Em comunicado, o Grupo Casas Bahia informou o acerto das novas condições para o pagamento da dívida com as instituições bancárias, que terá início em 2026 e prazo total de 72 meses.
De acordo com o Uol, o cronograma de pagamentos dos débitos será alterado por meio do chamado "reperfilamento". Com as mudanças, os desembolsos até 2027 caem de R$ 4,8 bilhões para menos de R$ 500 milhões. Para os anos seguintes, os pagamentos saltam expressivamente, até R$ 2,6 bilhões em amortizações e 1,9 bilhão em juros em 2030.
Segundo a empresa, o objetivo é melhorar o fluxo de caixa. O plano extrajudicial não envolve dívidas operacionais e não traz impacto para clientes, fornecedores e funcionários.