O ministro da Economia, Paulo Guedes, questionou dados que apontam que 33 milhões de brasileiros estão em situação de insegurança alimentar. Para ele, esse cenário é "impossível". A declaração foi feita durante evento da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), nesta quarta-feira (21), em São Paulo. As informações são do g1.
O estudo que indica quantas pessoas passam fome no Brasil foi feito pela Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (Rede PENSSAN), que coletou dados em 12.745 domicílios de novembro de 2021 a abril de 2022. O relatório foi publicado em junho deste ano.
"33 milhões de pessoas passando fome é mentira. Nós estamos transferindo para os mais pobres, com o Auxílio Brasil, 1,5% do PIB, três vezes mais do que recebiam antes".
"É impossível ter 33 milhões de pessoas passando fome. Por mais que tenha havido inflação, não foi três vezes mais. O poder de compra está mais do que preservado por essa nova transferência de renda", acrescentou.
Em agosto, o presidente Jair Bolsonaro (PL) já havia negado o aumento da fome, divulgado em dados do 2º Inquérito Nacional sobre Insegurança Alimentar no Contexto da Pandemia da Covid-19 no Brasil. Segundo relatou ao programa Pânico, da Jovem Pan, não se vê gente "pedindo pão" na porta de padarias.
'Flexibilização' do teto de gastos
Durante o evento, Paulo Guedes ainda defendeu a 'flexibilização' do teto de gastos.
"A flexibilização do teto que nós fizemos, fomos criticados, mas o teto foi mal construído. O teto é pra evitar que o Governo Federal continuasse inchando. O Brasil foi feito de cima pra baixo. Lá em cima tem que ter menos dinheiro", disse.
O ministro pediu que focassem nos "fatos econômicos" da gestão dele. "A política pode fazer o barulho que quiser, mas o caminho é por outro lado", concluiu.