Após dois anos, o Bonde Elétrico Cultural e Turístico ainda não saiu do papel. A ideia é que o trem percorra 2,1 quilômetros estratégicos, ligando a Avenida Beira Mar ao Centro de Fortaleza. O equipamento, orçado em R$ 115,9 milhões, estava previsto para ser entregue em fevereiro do ano passado.
Segundo a Secretaria de Infraestrutura do Ceará (Seinfra), o plano foi "suspenso" em razão da pandemia de Covid-19, mas não há previsão de retomada.
No último dia 2 de janeiro, dois profissionais foram nomeados para acompanhar o projeto, a ser executado pelo consórcio "MPE/Temoinsa/MOB/Comol", conforme publicação no Diário Oficial do Estado (DOE).
De acordo com a pasta, contudo, a "publicação em questão segue trâmite normal, visto que todos os contratos, mesmo os que não estão em execução, contam com gestor e fiscais".
Como seria o bonde?
O esboço original do bonde chegou a ser modificado para ser mais viável economicamente. Com a diminuição do percurso de 4,7 km para 2,1 km, o orçamento caiu de R$ 214 milhões para quase R$ 116 milhões.
O trajeto reduzido começaria no Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura, passando pelo Mercado Central, Estação das Artes e encerrando o trajeto no Theatro José de Alencar, totalizando quatro paradas.
Os equipamentos históricos e culturais no entorno também seriam contemplados, com mais acessibilidade para a Biblioteca Estadual, o casario histórico da Avenida Pessoa Anta, o Forte de Nossa Senhora da Assunção, a Catedral da Sé, o Passeio Público e o Centro de Turismo do Ceará (Emcetur).
Como seria o veículo?
O plano é ser um transporte do mesmo estilo do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), movido a energia elétrica. A capacidade média prevista seria para transportar 230 pessoas por viagem. Além disso, o bonde teria janelas panorâmicas.