O “Auxílio Brasil” — programa de transferência de renda que substituirá o “Bolsa Família” — deverá pagar R$ 400 para 17 milhões de famílias no Brasil, entre dezembro deste ano a igual mês em 2022. As informações são da colunista Míriam Leitão, do jornal O Globo.
O governo deve anunciar os detalhes ainda nesta terça-feira (19). Dentre as mudanças, o redesenho do programa terá 3 milhões a mais de pessoas assistidas e o benefício será até R$ 211 superior ao pago atualmente.
Conforme apuração da jornalista, parte desse valor será de recursos do atual Bolsa Família. Já a outra será oriunda de auxílio temporário, totalizando quantia extra de R$ 50 bilhões. Por ser um recurso provisório, não irá infringir a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).
Apesar das adoções de estratégias para não esbarrar na LRF, a equipe econômica está preocupada com a possibilidade de os benefícios e valor a serem pagos sejam ampliados nas mãos do Congresso.
Parlamentares teriam mencionado que o auxílio poderia ser destinado para 35 milhões de família. Além disso, causa temor que a cifra fora do teto passe de R$ 100 para R$ 200. Desta forma, haveria necessidade de emendas ao Orçamento.
Veja como será o novo Bolsa Família
- Ao mudar de Bolsa Família para Auxílio Brasil, o programa de transferência de renda aumentará em 3 milhões o número de beneficiários, passando das atuais 14 para 17 milhões de famílias
- O pagamento será feito com o valor do Bolsa Família e mais um incremento. O valor médio hoje de R$ 189 passará a R$ 400 até o fim de 2022
- O programa será financiando com o atual orçamento do Bolsa Família (R$ 34,7 bi) e mais R$ 50 bi de auxílio temporário
- O recurso temporário ficará parte dentro e fora do teto, sendo R$ 100 para cada benefício custeado fora do teto