No intuito de incentivar negócios inovadores, o Banco do Nordeste lança, hoje, o Hub de Inovação do Nordeste (Hubine), espaço na sede da instituição que apoiará iniciativas voltadas para a criação de produtos, serviços e soluções que contribuam para a dinamização da economia regional. Ainda não há previsão de investimentos que serão realizados com a medida, que dependerão dos projetos apresentados.
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O volume de crédito aplicado com a linha FNE Inovação entre 2015 até junho de 2016 soma R$ 124 milhões no Ceará e R$ 445 milhões no Nordeste. A categoria financia a implantação, expansão, modernização, reforma e relocalização que viabilizem inovações em produtos, serviços, processos e marketing, assim como no desenvolvimento da indústria regional de software e das empresas de tecnologia da informação e comunicação.
Ontem, no XXII Fórum Banco do Nordeste de Desenvolvimento, o presidente do BNB, Marcos Holanda, disse que o Hubine começará a operar no segundo semestre deste ano, inicialmente com ações de capacitação e promoção de eventos, como encontros de pesquisadores de nível nacional e internacional com profissionais nordestinos. "Já temos uma agenda de palestras com potenciais parceiros, como a Microsoft, a IBM, a Visa e a Cisco, entre outras", destaca.
O equipamento funcionará, a priori, em um local provisório na sede do BNB, e abrigará empreendimentos em fase inicial, disponibilizando espaço de coworking, suporte técnico gerencial e financeiro, além de oportunidade de negócios, com parcerias para atração de investimentos, laboratório de prototipagem física e virtual, maratonas de programação, eventos de treinamentos, capacitação e mentorias para startups.
Lançamento
Na tarde de hoje, durante o segundo dia do XXII Fórum Banco do Nordeste de Desenvolvimento, que marca os 64 anos de criação do BNB, além do lançamento oficial do empreendimento, será anunciado o vencedor do concurso para o projeto arquitetônico do Hubine. Segundo Holanda, foram 133 inscritos. A expectativa é que as obras do novo espaço físico sejam iniciadas no início do próximo ano, também na sede da instituição.
Os créditos às empresas que apresentarem propostas por meio do Hubine poderão usufruir, a depender do caso, das diferentes linhas de crédito que atualmente são oferecidos pelo banco, o que dificulta a mensuração do montante disponível para projetos de inovação. Por exemplo, uma empresa pode apresentar um projeto inovador para a elaboração de um produto e se encaixar no perfil de financiamento do FNE Industrial, e não FNE Inovação.
O presidente ainda ressalta que o banco pode, até o fim do ano, elaborar mecanismos financeiros inovadores para apoiar as startups. "O banco tem as linhas tradicionais de financiamento, mas também pode avançar no capital de risco, modalidade em que a instituição aloca recursos arriscando para ver se as empresas surgem e se estabelecem no mercado", aponta.
Instalado na sede do banco em Fortaleza, Holanda não descarta a possibilidade de que hajam "satélites" do empreendimento em outros estados que são atendidos pelo Banco do Nordeste. "Acho que o Hubine vai ser um catalisador, um incentivador para que essas ideias que estão dispersas, e que ainda são ideias, se transformem em projetos concretos, empresas concretas que mereçam o aporte financeiro. É um órgão aberto para todos", ressalta o presidente.