As startups cearenses terão um novo suporte para o desenvolvimento dos negócios. Pensado para atuar em processos de aceleração e conexão de empresas e oportunidades, o Ninna Hub de Inovação - projeto que será apresentado nesta terça-feira (10) - deverá lançar um edital para impulsionar entre oito e dez empresas de base tecnológica já no começo do ano que vem. A iniciativa, fundada pelos grupos Leblon Investimentos Ltda e Renda Participações S/A, irá focar, inicialmente, em cinco áreas prioritárias: saúde, varejo, serviços financeiros, logística e Internet das coisas.
O objetivo, segundo Delano Macêdo, conselheiro do projeto, é desenvolver o ecossistema e o mercado de tecnologia no Estado. "A parte da aceleradora é um dos itens que vão existir dentro do hub. A nossa ideia é que o hub nascesse completo, tendo a aceleradora e um programa de cooperate venture inovation, que é ter empresas mantenedoras que informam um problema e podem se conectar com startups para resolver essas questões tecnologicamente", disse Macêdo.
O conselheiro ainda explicou que o hub deverá dar todo o suporte para que as startups possam amadurecer e fechar negócios, além de buscar investidores. O NINNA oferecerá, além da estrutura física, serviços unificados de contabilidade e recursos humanos, por exemplo. A ideia, explicou Macêdo, é dar a oportunidade de que os empresários possam se concentrar apenas no desenvolvimento e evolução das startups, que não terão gastos para se instalar no novo hub.
Estabelecido como uma instituição sem fins lucrativos, o Ninna deverá receber, como contrapartida, uma porcentagem dos negócios instalados lá. O restante dos custos deverá ser quitado pelos mantenedores e as empresas que buscarem soluções de tecnologias com as novas startups que estiverem em desenvolvimento no hub.
É a partir dessa relação constante entre negócios, buscando e oferecendo soluções em tecnologia, que o Ninna espera criar uma rede de desenvolvimento econômico no Ceará. Francisco Holanda Júnior, também conselheiro do hub, comentou que o projeto já mapeou e conta com uma boa rede de investidores para impulsionar as novas startups.
"Dentro do mesmo espaço físico, nós colocamos os quatro principais atores do ecossistema: as empresas que precisarem ser transformadas digitalmente, as startups, a academia, e os investidores, focados em venture capital. Membros das empresas poderão ficar lá em tempo integral para ter contato com as startups", disse Holanda.
Participação
Contudo, para participar do Ninna, as startups terão de participar de um edital de entrada, com condições específicas de faturamento mínimo ou número de clientes. Os detalhes ainda deverão ser definidos. Delano Macêdo, no entanto, garante que a primeira seleção deverá ser feita entre janeiro e fevereiro do próximo ano, acolhendo até 10 startups. Contudo, o Ninna, situado no antigo prédio da Bolsa de Valores Regionais, no Centro, terá espaço para receber entre 12 e 20 empresas.