Hackers subtraem R$ 3 Bi em um dos maiores roubos de criptomoedas da história

O valor é o maior já usurpado do sistema financeiro descentralizado em que as criptomoedas operam, o DeFi

Uma empresa especializada em transferências de criptomoedas denunciou nesta terça-feira (10) que hackers violaram sua segurança e poderiam ter realizado um saque recorde, avaliado em até 600 milhões de dólares, cerca de R$ 3,1 bilhões.

A Poly Network convocou os comerciantes que usam "carteiras" de criptomoedas para rejeitar tokens roubados de Ethereum, BinanceChain e OxPolygon.

"A quantidade de dinheiro que eles hackearam é a maior da história do DeFi", declarou a Poly Network nas redes sociais, referindo-se ao sistema financeiro descentralizado no qual as criptomoedas operam. "O dinheiro que eles roubaram pertence a dezenas de milhares de membros da comunidade de criptomoedas."

A plataforma ameaçou ir à polícia, mas também ofereceu aos hackers a possibilidade de "encontrar uma solução".

O Departamento de Justiça dos Estados Unidos e o FBI não responderam imediatamente aos pedidos de comentários sobre o caso.

"Lamentamos anunciar que #PolyNetwork foi atacada" e os ativos transferidos para contas de hackers, disse a empresa em uma série de publicações no Twitter.

O empreendimento postou os endereços online usados pelos hackers e convocou "os mineiros dos blockchains e comerciantes de criptomoedas afetados a vetarem os tokens" provenientes desses endereços.

A Poly Network não respondeu a um pedido da AFP para comentar o assunto, mas os usuários do Twitter estimaram o valor do roubo em US$ 600 milhões.

No final de abril, os roubos de criptomoedas, hacks e fraudes totalizaram cerca de US$ 432 milhões, de acordo com uma análise da CipherTrace.

“Este número parece pequeno em comparação com os anos anteriores, mas uma análise mais aprofundada revela uma tendência alarmante: os ataques relacionados ao DeFi agora respondem por mais de 60% do total de roubos e hacks”, detalhou a CipherTrace em um relatório.

Em 2019, o hack ao DeFi era praticamente inexistente, conforme a CipherTrace.