Paralelamente ao combate à pandemia do novo coronavírus, o Governo do Estado tem buscado alternativas para estimular a economia local a recuperar o ritmo de crescimento.
Apostando em áreas inovadoras, como o hidrogênio verde, e fortalecendo a base industrial já existente, o Executivo prepara uma lista de investimentos privados a serem anunciados, que vão desde a aquisição de equipamentos para o Complexo do Pecém até a assinatura de novos protocolos de intenção na área de energias renováveis.
O planejamento foi revelado pelo secretário do Desenvolvimento Econômico e Trabalho do Estado, Maia Júnior. Ele detalha que a lista, ainda em construção, já possui extensão de mais de seis páginas. Todos os atrativos, no entanto, serão anunciados gradativamente pelo governador Camilo Santana.
“Tem realmente uma base interessante do trabalho que a gente vem desenvolvendo, entre inaugurações de fábricas, de obras, eventos para celebrar novas colheitas no agronegócio, novos protocolos de intenção. A lista ainda está sendo aperfeiçoada, mas valor de investimento quem divulga são as empresas”, afirma.
Base já existente
Alguns dos pontos incluídos fortalecerão a base industrial já presente no Estado, como a do segmento têxtil, calçadista e de alimentos.
“O que posso dizer é que estamos atraindo (investimentos) de forma positiva, atraindo indústrias básicas que já existem no Estado, como a têxtil, de confecções, de calçados, de alimentos. Esse trabalho continua independente do volume menor de investimentos", ressalta o titular da Sedet.
Outro foco do Executivo cearense é o desenvolvimento dos setores de energias renováveis, em especial com o hub de hidrogênio verde, e de telecomunicações. Conforme Maia Júnior, há um trabalho conjunto com a Secretaria da Saúde para atrair investimento indiano nessa área.
“Estava trabalhando conjuntamente com o Dr. Cabeto e com a Câmara de Comércio Brasil-Índia para atrair investimento indiano. Estamos fazendo contatos”, aponta.
Além de ter sua base fortalecida, o Ceará ainda deverá ganhar iniciativas inéditas no Nordeste, segundo o secretário. O aporte de recursos se divide entre empresas nacionais e internacionais, ficando os maiores volumes com as estrangeiras.
“Já tem aqui seis folhas e meia, com anúncio de aquisição de equipamentos novos no Pecém, digitalização de processos para facilitar o desenvolvimento econômico, celebrações no agronegócio, inauguração de empreendimentos, de obras e fábricas, ações em energias renováveis, programas novos de fomento ao desenvolvimento, protocolos de intenção a serem anunciados. Temos boas notícias em andamento para anunciar”
Promoção do Estado
Por conta da pandemia, as viagens e eventos de promoção do Estado para atração de negócios foram suspensos.
Após a conclusão da reestruturação física da Sedet - que juntará todo o sistema da secretaria e outras seis entidades vinculadas, como o Complexo do Pecém e a Zona de Processamento de Exportação (ZPE), em uma área no Centro de Eventos e prevista para encerrar em julho – as ações desse tipo devem retornar.
“Temos dois grandes desafios após a conclusão da reestruturação da Sedet. Um é a promoção, vender melhor as oportunidades do Ceará nas áreas da economia que selecionamos, que proporcionam desenvolvimento aqui e que estão presentes no Ceará Veloz”, detalha.
Necessário para a promoção, o retorno das viagens internacionais com este fim dependerá do avanço do processo de vacinação e do consequente abrandamento das restrições de circulação entre países.
"Além disso, iremos atrair novos negócios, através de rodadas internacionais com grupos que a gente está selecionando de prováveis investidores”, acrescenta Maia Júnior.