A empresa aérea Gol avalia solicitar recuperação judicial nos Estados Unidos em até um mês. Fontes ligadas ao jornal Folha de S. Paulo afirmam que a companhia pretende aderir ao Capítulo 11 da lei norte-americana de falências por ser mais vantajoso do que no Brasil, oferecendo mais possibilidades de financiamento no exterior.
Nas próximas semanas, a empresa quer colocar em prática um plano de reestruturação de dívidas entre as partes envolvidas e fora do âmbito judicial. Há credores financeiros, lessores (arrendadores de aeronaves) e stakeholders (investidores com papéis de dívida da companhia).
De acordo com a publicação, a dívida financeira da Gol é estimada em R$ 20 bilhões e, deste total, cerca de R$ 3 bilhões vencem em até 12 meses. A empresa não teria como arcar com esse montante. Segundo negociadores, o problema da Gol não é operacional, mas a companhia não tem novas garantias suficientes.
Queda de ações
A partir da repercussão sobre a recuperação judicial, as ações da Gol abriram em queda de 12,37%, a R$ 6,66, às 10h17 (horário de Brasília) desta segunda-feira (15).
A empresa informou que está em negociações com seus stakeholders financeiros (credores) sobre diversas opções que tragam maior flexibilidade financeira, incluindo capital adicional para financiar as operações.
“O foco da Gol está sempre na confiabilidade de suas operações e em proporcionar a melhor experiência de viagem aos seus clientes. Ao mesmo tempo, a companhia continua seus esforços anunciados anteriormente para melhorar a lucratividade e fortalecer seu balanço. A Gol está em discussões com seus stakeholders financeiros sobre diversas opções que tragam maior flexibilidade financeira, incluindo capital adicional para financiar as operações. Todas as ações visam posicionar a Gol para o sucesso de longo prazo, à medida que a companhia continua a cumprir sua missão de democratizar o transporte aéreo no Brasil”, afirmou a companhia aérea.