Fortaleza tem maior alta de aluguel do Nordeste em 2022; confira bairros mais caros

A capital cearense foi a quarta do Brasil com a maior alta acumulada no ano, atrás apenas de Goiânia (GO), Florianópolis (SC) e Curitiba (PR)

O aluguel residencial ficou mais caro em Fortaleza no ano passado. De acordo com dados da Fipezap, a capital cearense teve alta acumulada 21,33% em 2022, o maior aumento no Nordeste e quarto maior do País. 

O índice só ficou abaixo no país do acumulado em Goiânia (GO), Florianópolis (SC) e Curitiba (PR). A alta registrada em Fortaleza foi maior do que o índice médio do país, de 16,55%, que foi o maior resultado anual apurado pelo índice desde 2011. 

Mas, mesmo com a alta acumulada expressiva, Fortaleza terminou o ano sendo a única capital que registrou queda no Fipezap em dezembro, de 0,92%.  

Fortaleza também registrou em dezembro o menor preço médio de locação de imóveis residenciais entre as capitais, com uma média de R$ 23,05/m². Os bairros com maior preço de aluguel foram Mucuripe, Meireles e Cocó. 

De acordo com o economista do DataZAP+ Pedro Henrique Tenório, a alta expressiva no preço dos aluguéis residenciais em todo o País em 2022 tem relação com o bom desempenho do mercado de trabalho em 2022 e com a inflação a alta desde 2021.

Resultado esperado

Pedro Tenório avalia que o índice registrado na capital cearense era esperado, diante do cenário econômico do ano passado.

"A conjuntura macroeconômica de melhora do mercado de trabalho durante 2022 em conjunto com a alta inflação ao consumidor desde 2021 impulsionaram os preços de locação em todo o país. Não obstante, cidades litorâneas com apelo a áreas verdes e praias têm se beneficiado em termos de valorização desde o momento mais crítico da pandemia", pontua.

Ele pontua que o mercado imobiliário fortalezense tem exibido sinais de desaceleração desde outubro do ano passado, mas a alta do restante do ano fez com que o resultado acumulado ainda fosse positivo.

Confira os bairros com aluguel mais caro 

Expectativas para 2023 

Para Tenório, os números não devem se manter para este ano, sendo esperada uma redução do índice. 

“É natural que haja alguma acomodação dos preços depois de tamanha alta, embora não seja esperada a permanência da variação mensal do índice em terreno negativo. Vale ressaltar que 3 meses não é muito para tendências no mercado imobiliário e, portanto, vale aguardar os sinais que virão dos próximos meses", ressalta.

A expectativa é que em 2023 os preços de locação residencial continuem subindo em linha com a inflação, com uma desaceleração do aluguel em relação a 2022, motivada por um arrefecimento do mercado de trabalho e do IPCA.