A Americanas deve fechar cerca de 80 lojas neste ano e seguir com o plano de enxugar a estrutura física da empresa. A gigante varejista conta hoje com cerca de 1.680 pontos de venda e pode chegar a 1.600 até o fim de 2024, informou o presidente da companhia, Leonardo Coelho, à Folha de S. Paulo. A companhia está em processo de recuperação judicial desde janeiro de 2023, após revelar uma fraude contábil de R$ 25 bilhões.
"Mas também acreditamos no crescimento da empresa, estamos estudando abrir dez novos pontos de venda até o fim do ano", disse o gestor.
Conforme balanço divulgado pela empresa, o grupo tinha 1.880 lojas em janeiro do ano passado e hoje são 1.748, indicando uma queda de 7%, que envolve a Americanas, a Local (de lojas de conveniência) e o hortifrúti Natural da Terra.
"As lojas que devem ser fechadas neste ano não apresentam uma contribuição positiva para a companhia, especialmente as de menor tamanho", disse Coelho. Segundo o empresário, o foco da "nova Americanas" está no público das classes B e C, acima de 18 anos, para encontrar "novas avenidas de crescimento" para a varejista.
"A Americanas que teremos pelos próximos dois anos será bem menor do que aquela que existia antes", afirmou.
No novo plano, a venda dos eletroeletrônicos e eletrodomésticos perde força, dando lugar às guloseimas, os itens de higiene e beleza de marcas populares e tudo o que for considerado "conveniência".
A empresa também está desenvolvendo as marcas próprias, que apresentem um equilíbrio entre qualidade e preço competitivo.