Diesel não recua o valor prometido pelo governo

Rio. Dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP) mostram que, duas semanas após o início das subvenções ao preço do diesel no País, ainda não houve repasse integral ao consumidor em nenhum estado brasileiro.

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Em 22 estados e no Distrito Federal, a queda no preço do combustível não chegou à metade dos R$ 0,46 por litro prometidos pelo governo. No Acre, o preço médio ainda é maior do que o praticado na semana antes da greve dos caminhoneiros.

Na média nacional, o diesel foi vendido a R$ 3,434 por litro na semana passada. O valor é apenas R$ 0,151 inferior ao praticado na semana encerrada no dia 19, anterior à paralisação. Durante a greve, os preços dispararam diante da crise de abastecimento no País.

O governo definiu a data de 21 de maio, quando a greve dos caminhoneiros foi iniciada, como referência para fiscalizar se a subvenção será totalmente repassada aos postos. Com subsídio no preço e cortes nos impostos, o governo repassará R$ 13,6 bilhões dos contribuintes ao consumidor de óleo diesel.

Segundo a ANP, o maior repasse foi em Roraima: R$ 0,39. Em outros três estados - Amazonas (R$ 0,298), Rondônia (R$ 0,266) e Sergipe (R$ 0,26), a queda é maior do que a metade do valor prometido pelo governo. Em São Paulo, a queda foi de R$ 0,194. A ANP está desenvolvendo um sistema para monitorar os preços, com atualização sempre que os postos mudarem os valores de bomba, que deve entrar em operação no dia 20.