A Companhia Hidroelétrica do São Francisco (Chesf) energizou um novo transformador na subestação Russas II, localizada no município cearense de mesmo nome. O equipamento, que dará reforço à oferta de energia elétrica nesta e nas cidades vizinhas, foi realizado através de um investimento de R$ 8,7 milhões e, segundo a própria empresa, gerará mais de R$ 1,25 milhão anual de acréscimo de receita.
Este é o terceiro transformador da subestação, do tipo trifásico abaixador, de 230 mil para 69 mil volts, com potência de 100 MVA (megavolt-ampere). De acordo com a Chesf, ele está operando desde 28 de setembro. O superintendente de Transmissão da companhia, Ricardo Melo, informou inclusive, que o novo equipamento irá reforçar a oferta de região, que observou um aumento do consumo de energia elétrica. A subestação atende especialmente as cargas das distribuidoras, explica.
O empreendimento é objeto da Resolução da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) nº 2.823/2011. Segundo a Chesf, ele foi necessário para evitar sobrecarga nas unidades existentes, garantindo mais confiabilidade no fornecimento de energia para a região. Além de Russas, ele beneficia, diretamente, os municípios de Limoeiro do Norte, Jaguaruana e Aracati, atendendo uma população superior a 230 mil habitantes.
Outros equipamentos
No primeiro semestre deste ano, a companhia, que é ligada ao Ministério de Minas e Energia, também energizou a primeira etapa de uma outra subestação, a Acaraú II, depois de dois anos de atraso. A subestação atende à expansão da geração de energia no Ceará, por meio de usinas eólicas. Este empreendimento, aliás, envolveu um investimento direto que superou os R$ 22 milhões. Ele é composto de dois transformadores trifásicos de 230/69 kV - 100 MVA, cada, assim como os de Russas II.
A Chesf informou que continua investindo em Acaraú II, onde constrói a segunda e última etapa do projeto, que consta do reforço de alimentação dessa instalação, com a energização da linha de transmissão Sobral III / Acaraú II C1, prevista para 30 de dezembro deste ano.
Confiabilidade
A linha de transmissão até Sobral dará maior confiabilidade à nova subestação, já que, no caso de haver alguma falha na transmissão por meio de Acaraú II, a subestação fica energizada por Sobral, não deixando os empreendimentos sem energia elétrica. Para esta segunda etapa, a companhia contará com mais de R$ 2 milhões de acréscimo de receita, devido à entrada em operação dessa nova subestação. Tal valor passará para R$ 4,7 milhões quando da energização da Sobral III / Acaraú II.
Ainda para este ano, está programada a subestação Ibiapina II, de 230 mil para 69 mil volts, esta com potência de 200 MVA.
Ceará e Piauí
Além desta, a Chesf iniciou este ano a instalação da Linha de Transmissão 230 kV Picos/Tauá, que interliga a subestação de Picos, no Piauí, à subestação de Tauá II, no estado do Ceará e que estava programada para o ano passado. Com 183 quilômetros de extensão, esta linha, uma vez em operação, atenderá os municípios de Picos, Suassuapara, Bocaina, Santo Antônio de Lisboa, Francisco Santos, Monsenhor Hipólito e Pio IX, no Piauí, e Tauá, Crateús, Novo Oriente, Parambu, Catarina, Independência e Mombaça, no Ceará.
Planos para o futuro
Para o ano que vem, de acordo com o informado pela assessoria de imprensa da Chesf, deverá ser instalada a subestação Maracanaú, de 230/69 kV e com 450 MVA. Já para 2016, a companhia prevê as subestações Cruz (230/69 kV, com 150 MVA), Milagres II (500 kV, com 240 MVA), Aracati III (230/138 kV, com 300 MVA) e as linhas de transmissão Acaraú II-Cruz (230 kV, de 39 km de extensão), Milagres II-Açu III C1 (500 kV, de 330 km), Sobral III-Ibiapina II C1 (500 kV, de 110 km) e Russas Aracati III (230 kV C1/C2, de 65 km). Há ainda a linha de transmissão Açu III - Quixadá C1 (500 kV, de 250 km), projetada para 2018.
Sérgio de Sousa
Repórter