Black Friday 2022: quase metade dos consumidores pretende antecipar compras de material escolar

Pesquisa encomendada pelo Google mostra que os brasileiros estão desafiados pelo contexto econômico, mas otimistas e buscando melhores escolhas

Consumidores brasileiros devem conciliar algumas compras no período da “Black Friday” deste ano, em novembro, para driblar a inflação. Dentre elas, está a antecipação de materiais escolares.

Segundo pesquisa do Instituto Ipsos, encomendada pelo Google, 43% dos entrevistados têm a intenção de adquirir livros e itens de papelaria na data. Um aumento de 12 pontos percentuais em relação a 2021 (31%).

Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (29) durante o evento “Black Friday Connections Store”, em São Paulo. Essa demanda só perde para a de roupas e acessórios (47%), que ficou reprimida nos dois anos anteriores em razão da pandemia de Covid-19. 

Geralmente, a corrida por materiais escolares ocorre entre janeiro e fevereiro, mas os números indicam um planejamento financeiro por parte dos pais e responsáveis para essa despesa de início de ano – período de reajuste de matrícula e pagamento dos impostos sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) e a Propriedade Predial e Territorial Urbana (IPTU).

A líder de Commerce para médias empresas do Google Brasil, Fernanda Bromfman, observou que a cesta de consumo se adequa às circunstâncias macro e microeconômicos, mas pondera, contudo, que o interesse por esses produtos pode estar ligado à Copa do Mundo.

Ambos os eventos (Black Friday e Copa) ocorrem no mesmo mês. Por esta razão, a expectativa é que o calendário de jogos impulsione as vendas de categorias relacionadas. 

“Essa será a 'Black Friday' das melhores escolhas para cada consumidor, de acordo com suas necessidades e contexto econômico”, disse Bromfman.
Conforme a pesquisa, 71% dos entrevistados pretendem ir às compras e estão dispostos a gastar mais.

Veja as cinco maiores intenções de compras no período:

  • Roupas e Acessórios: 47%;
  • Livros e artigos de papelaria: 43%;
  • Calçados: 38%;
  • Celulares: 36%;
  • Eletroportáteis: 33%.  

Para o levantamento, foram ouvidos 1 mil entrevistados das classes A, B e C e residentes em todo o Brasil. 

Conforme os dados, 88% acreditam que a sua capacidade financeira continuará igual ou deve melhorar até o fim do ano, enquanto 11% estimam piora. Ao mesmo tempo, 89% pretendem adquirir algo para si no evento de descontos.

Vale a pena comprar materiais escolares na “Black Friday”?

A compra antecipada de itens escolares tende a ser vantajosa em razão do equilíbrio da demanda e da oferta. Somada aos descontos da "Black Friday", pode valer muito a pena. Contudo, o consumidor deve fazer uma pesquisa cautelosa e ficar atento a golpes pela internet. 

Nos primeiros anos do evento promocional no Brasil,  os relatos de “maquiagem de preços” deixaram os brasileiros receosos. 

Para a diretora de negócios para o segmento de Varejo do Google Brasil, Gleidys Salvanha, as empresas aprenderam, adotaram transparência e a data passou a ganhar a confiança do brasileiro, além da possibilidade de monitoramento dos valores

“Hoje, a gente sabe que tem um momento em que os varejistas congelam os preços e não podem mudar, justamente por esse 'pré-Black Friday'. As pessoas já entenderam isso”, apontou

“E tem a questão da experiência. Nos anos anteriores, qualquer desconto era desconto. Agora não, o consumidor sabe o que é um desconto de 'Black Friday'”, avaliou. 

Sobre o evento 

O evento contou com especialistas do Google para mostrar as tendências e estratégias para as empresas venderem mais na "Black Friday" 2022. Na ocasião, foi lançado novo site e novas ferramentas para esse público. Veja quais:

  • Novo site traz uma série de guias sobre como usar os produtos da empresa para alavancar os resultados de vendas na temporada — que, neste ano, coincidirá com o período de disputa da Copa do Mundo, no Catar;
  • Google lançou “etiqueta” de descontos no Google Shopping. O novo recurso estará disponível para empresas no Brasil a partir de outubro. Cada empresa pode cadastrar gratuitamente nove promoções.  

Durante o evento, houve uma entrevista com a presidente do Conselho do Magazine Luiza e do Grupo Mulheres do Brasil, Luiza Helena Trajano, comandada pelo presidente do Google Brasil, Fabio Coelho. Além disso, uma roda de conversa com as atletas Cristiane Rozeira e Adriana Silva.

Veja o resumo da pesquisa:

  • 71% declaram que pretendem comprar nesta "Black Friday";
  • No Google, a busca pelas palavras “barato” ou “melhor” se inverteu na comparação entre 2020 e 2022. De abril e junho de 2020, as buscas associadas a “barato” eram 53% maiores. Porém, em 2022, as procuras por “melhor” já superam as buscas por “barato” em 27%;
  • 68% dos brasileiros da classe C pretendem comprar algum item nesta "Black Friday", elevando a intenção de compra a um nível observado nas classes A e B (78%);
  • 22% dos brasileiros da classe C afirmaram que vão comprar na data;
  • 72% dos entrevistados afirmaram que compraram tanto em canais online quanto offline nos últimos seis meses;
  • Para a Black Friday de 2022, 57% dos entrevistados pretendem fazer suas compras por meio de sites, 51% por meio de aplicativos e 45% por meio de lojas físicas.

*A repórter viajou a convite do Google.