123 Milhas: período de suspensão de dívidas é novamente prorrogado por mais 180 dias

A Justiça abriu exceção para a 123 Mihas e outras empresas do mesmo grupo

As ações e execuções contra a 123 Milhas estão suspensas por mais 180 dias, conforme determinou a juíza Claudia Helena Batista, da 1ª Vara Empresarial da Comarca de Belo Horizonte, em Minas Gerais. A magistrada atendeu a pedido feito pelas empresas do grupo, que são Novum Investimentos, Art Viagens e Turismo (HotMilhas), 123 Viagens e Turismo, Lance Hotéis e MM Turismo & Viagens (Maxmilhas). As informações são g1.  

Apesar de o período de blindagem só poder ser prorrogado uma vez, o que já ocorreu, a juíza entendeu que esse processo para o grupo "possui pontos sensíveis e peculiares que demandam tratamento de maior cautela", além de já ter sido suspenso algumas vezes.

"É fato notório que, atualmente, está é a maior recuperação judicial em número de credores em trâmite no Brasil. [...] Além disso, no curso desta Recuperação Judicial, houve sucessivas decisões acerca da equipe de Administradores Judiciais e substituição dos profissionais nomeados por este Juízo", assinalou.

Ao abrir recuperação judicial, a empresa passa a contar com mediação da Justiça para negociar com seus credores, valendo-se de um prazo maior para continuar operando e, assim, evitar a decretação de falência.

É o caso da 123 Milhas e das outras empresas do grupo, que afirmaram à Justiça que "estão passando por uma crise momentânea e pontual, plenamente passível de ser resolvida".

Trâmite

A Justiça acatou o pedido de recuperação judicial de 123 Milhas, HotMilhas e Novum Investimentos em agosto de 2023. O processo, contudo, foi suspenso no mês seguinte após pedido do Banco do Brasil, e as empresas passaram por constatação prévia para verificar as suas reais condições de funcionamento e de regularidade documental.

Em outubro, foi a vez de a Justiça incluir a Maxmilhas e a Lance Hotéis no processo. Finalizadas as verificações das suspensões, a recuperação judicial foi retomada. Mas em janeiro deste ano, o processo foi novamente suspendo por ausência de constatação prévia das duas novas empresas. Além disso, não havia conclusão em relação aos administradores judiciais do caso.