A 123 Milhas entrou com pedido para recuperação judicial da empresa na 1ª Vara Empresarial de Belo Horizonte. Além disso, segundo informações do colunista Lauro Jardim, do O Globo, a ação pede suspensão imediata, inicialmente por um período de 180 dias, das ações judiciais de cobrança abertas contra ela em todo o Brasil.
Há dez dias, a companhia anunciou o cancelamento das emissões de passagens aéreas compradas com tarifas promocionais para o ano de 2023. O caso gerou a abertura de procedimentos sobre o caso em Procons de todo o país, no Ministério Público e até na CPI das Pirâmides Financeiras.
Conforme o posicionamento da 123 Milhas enviado à Justiça, as alegações são de uma crise "momentânea e pontual, plenamente possível de ser resolvida". Assim, a empresa define a recuperação judicial como importante para a solução do problema.
Ainda de acordo com a empresa, entre os problemas, o principal é a venda de passagens aéreas a preços mais baixos. Isso teria ocorrido, informa a 123 Milhas, por conta do aumento dos tickets após a pandemia da Covid-19, pela alta taxa de juros e adoção de novas regras das companhias aéreas nos programas de milhas.
Cancelamento em massa
No último dia 18 de agosto, a agência online anunciou a suspensão da emissão de passagens aéreas promocionais para 2023.
Para devolver o que foi pago pelos compradores, o empreendimento informou que reembolsaria a quantia via cupons, com correção monetária, sem oferecer a opção de retornar a quantia em dinheiro.
Ao todo, a empresa já recebeu 40 mil pedidos de vouchers. Segundo a empresa, a linha "Promo" representa 7% dos embarques totais de 2023, e a suspensão foi “uma decisão responsável” para “preservar os valores pagos pelos clientes”.