Nostalgia: relembre dez escolas de Fortaleza que fecharam as portas

Aprender a ler, a escrever, somar 1+1, fazer amigos e iniciar a construção da cidadania. As atividades que uma pessoa pode desenvolver na escola ficam para a vida toda. Assim, os locais onde estudamos se tornam também parte das nossas histórias. E quando as portas de uma escola se fecham, abrem-se janelas de saudade.

O Colégio Irmã Maria Montenegro, tradicional instituição de Fortaleza, declarou que encerrará as atividades em 2019.  Após 37 anos de funcionamento em Fortaleza, o coordenador geral da rede de colégios, Márcio Landim, revelou que o fim das atividades ocorre por razões econômicas.

Em Fortaleza, e até mesmo no Ceará, outras escolas tradicionais que marcam a educação da população passaram pelo mesmo processo de encerramento das atividades. Relembre alguns colégios que fecharam as portas, sobretudo, devido a crises financeiras.

Colégio Evolutivo

O Evolutivo era referência em relação a ofertas de bolsa e mensalidades mais acessíveis. (Foto: Arquivo/Diário do Nordeste)

"Colégio Positivo" — primeiro nome da escola — pode não ser um nome comum entre os cearenses, mas "Evolutivo", por certo, é. A instituição, que surgiu, em 1981 consolidou-se como um dos maiores grupos educacionais do Estado. Contudo, fechou as portas em 2012, sob justificativa de problemas financeiros. O Evolutivo era referência em relação a ofertas de bolsa e mensalidades mais acessíveis, abaixo do preço comum do mercado, à época.

Colégio Marista Cearense

A escola era referência, não só pelo ensino, mas também pela prática e incentivo ao esporte. (Foto: Lucas de Menezes)

Na década de 80, o Colégio Marista Cearense tinha dificuldade para comportar tantos alunos: eram 4.500 matriculados em três turnos. A instituição — primeiramente denominada “Colégio Cearense do Sagrado Coração” — chegou ao Brasil em 1897.

A escola era referência, não só pelo ensino, mas também pela prática e incentivo ao esporte. O Marista Cearense encerrou as atividades em 31 dezembro de 2007. A Faculdade Católica, que funcionava no mesmo local, também fechou, em 2013.

Rede de Ensino Tony

Ex-aluno do Tony guarda a camisa do colégio com assinaturas de amigos até hoje. Lá se vão 18 anos. (Foto: Arquivo Pessoal)

A Rede de Ensino Tony, ou simplesmente "Colégio Tony", como ficou marcado na vida de seus alunos, funcionou em Fortaleza entre o início da década de 1990, e encerrou as atividades em 2007. A instituição também ficou conhecida pelos cursos preparatórios para vestibular e concursos. O Colégio Tony possuía sedes nos bairros Parangaba, Parquelândia, Centro e North Shopping, e foi responsável pela formação acadêmica de milhares de alunos por ano.

Colégio de Nossa Senhora do Sagrado Coração das Irmãs Dorotéias

Quando inaugurado, o Colégio apenas aceitava mulheres, que era tradicional entre as famílias de classe média. (Foto: Arquivo/Diário do Nordeste)

A instituição foi criada em 1915 inspiradas nas linhas arquitetônicas do estilo eclético, surgido na França, ainda na metade do século XIX. A escola era dirigida pelas irmãs de Santa Dorotéia.

Quando inaugurado, o Colégio apenas aceitava mulheres, que era tradicional entre as famílias de classe média. Contudo, após alguns anos, o estabelecimento foi transformado em um espaço misto.

Depois de uma crise financeira, o Colégio fechou as portas em 2005. Antes, durante a década de 90, chegou a ser local de uma das sedes do grupo educacional particular Geo Studio.

Em 20018, o Conselho de Patrimônio Histórico-Cultural (Comphic) tombou o prédio da escola, como forma de representar a história que traz para a cidade e por sua arquitetura.

Colégio GEO

Em 2002, a escola que era referência na educação privada fechou, também alegando motivos de incapacidade financeira. (Foto: Divulgação)

A unidade do Colégio GEO no Bairro de Fátima tentou resistir, e consegui até 2009. No entanto, a instituição seguiu o mesmo caminho das outras sedes (espalhadas em Fortaleza, e até mesmo no Interior do Ceará), e encerrou as atividades.

Em 2002, a escola que era referência na educação privada fechou, também alegando motivos de incapacidade financeira. As escolas possuíam estrutura de clube e ofertavam  diversas atividades extra-curriculares, assim, atraíram mais de 5 mil matrículas, em balanço parcial.

Colégio Júlia Jorge

A escola, criada em 1966, serviu principalmente, aos moradores dos bairros Parquelândia, São Gerardo, Monte Castelo e Parque Araxá. (Foto: Reprodução)

Mais de quatro décadas de funcionamento marcou o Colégio Júlia Jorge, um dos centros de ensino privado mais tradicionais de Fortaleza. A escola, criada em 1966, serviu principalmente, aos moradores dos bairros Parquelândia, São Gerardo, Monte Castelo e Parque Araxá. 

A fudanção, que fazia parte da rede Campanha Nacional de Escolas da Comunidade (CNEC), foi inaugurada durante o Regime Militar e referiu, principalmente, a disciplina para o currículo e dia a dia dos alunos. Em 2007, a instituição encerrou as atividades.

Colégio Redentorista

A instituição era gerenciada por padres da Congregação do Santíssimo Redentor. (Foto: Reprodução/Facebook)

Entre 1966 e 1999, o Colégio Redentorista funcionou no bairro Rodolfo Teófilo, nas proximidades da Lagoa do Porangabussu. A instituição era gerenciada por padres da Congregação do Santíssimo Redentor, mais conhecidos como redentoristas. Com o fechamento do colégio, no final da década de 90, o prédio deu lugar à outra instituição escolar.

Colégio Salesiano Dom Lustosa

A instituição funcionava na Avenida João Pessoa. (Foto: Google Maps)

Os moradores de Fortaleza, que circulam pela Avenida João Pessoa, passam pela antiga sede do Colégio Salesiano Dom Lustosa, que fechou em 2013. O prédio hoje abriga a Escola Educar Sesc de Ensino Fundamental.

A Rede Salesiana de Escolas é um convênio celebrado entre os salesianos e as Filhas de Maria Auxiliadora no Brasil. Em Fortaleza, ainda funciona o Colégio Salesiano Dom Bosco, na Avenida Antônio Sales.

Colégio Santa Maria Goretti

Colégio São Rafael recebeu os alunos após o fechamento do Santa Maria Goretti. (Foto: Google Street View)

"Irmã Consuelo Magalhães, diretora da Associação São Vicente de Paulo, de Fortaleza, Ceará, comunica a extinção do Patronato Nossa Senhora Auxiliadora e do Colégio Santa Maria Goretti", informou o documento oficial de extinção da escola, que encerrou as atividades em 2004.

O colégio localizava-se no Centro, na Rua do Imperador. Após o fechamento, os alunos foram transferidos para outra escola da mesma entidade mantenedora.

Colégio Vasco

Atualmente, um conomínio residencial funciona no local do antigo colégio. (Foto: Google Street View)

Apesar de ainda aparecer nas ferramentas de pesquisa na Internet, o Colégio Vasco encerrou as atividades em 2007. O espaço físico da escola, que funcionava na Rua Barão do Aracati, hoje é ocupado por um condomínio residencial.