À medida em que se aproxima a terceira fase da campanha de vacinação contra a Covid-19 no Ceará, é preciso estar atento à escala de prioridades para não perder a vez na fila. Nas próximas semanas, especialmente entre o fim de abril e o início de maio, o Estado deve avançar para a etapa de imunizar pessoas com comorbidades e deficiências permanentes.Mas, quais documentos são necessários para garantir o direito prioritário do acesso à vacina?
Desde o início da campanha, os principais documentos exigidos pelos vacinadores são:
- Identidade com foto (RG, carteira de motorista ou carteira de trabalho)
- Comprovante de endereço atualizado (conta de luz ou água, por exemplo)
Porém, em antecipação à próxima etapa, a versão mais atual do Plano de Operacionalização para a Vacinação contra a Covid-19 no Ceará, divulgada nesta quarta-feira (31) pelo Governo do Estado, orienta que municípios se organizem para cobrar de pessoas com comorbidades, também, a apresentação de documentos comprobatórios como:
- Prescrição médica especificando o motivo da indicação da vacina;
- Relatórios médicos emitidos nos últimos 60 dias.
O plano detalha ainda que, nesse caso, “prescrições de medicamentos ou exames complementares só serão aceitos junto aos documentos anteriores” e que as comprovações devem ser digitalizadas ou arquivadas pelas prefeituras para futuras auditorias.
Já no caso das pessoas com deficiência permanente, que engloba, por exemplo, pessoas traqueostomizadas, com síndromes raras ou com deficiência física, a recomendação governamental é para apresentar:
- Prescrição, laudo médico ou relatório de profissional de saúde que demonstra pertencer a algum grupo de risco ou estar nos critérios elencados;
- Comprovação da participação em programas e/ou políticas públicas voltados a pessoas com deficiência, como Benefício de Prestação Continuada (BPC), passe livre e outros.
Comorbidades e deficiências permanentes
Foco da terceira etapa da campanha de vacinação, o grupo com comorbidades e deficiências permanentes no Ceará é estimado em pouco mais de um milhão de pessoas, número que, sozinho, representa 69,3% do total da população priorizada na primeira e na segunda etapa.
Compõem o grupo de comorbidades:
- Pessoas que vivem com HIV entre 18 e 59 anos de idade;
- Pessoas com doenças crônicas como: diabetes; hipertensão grave; doença pulmonar obstrutiva crônica; doença renal; doenças cardiovasculares e cerebrovasculares; transplantados de órgãos sólidos; anemia falciforme; câncer e obesidade.
Compõem o grupo de pessoas com deficiência permanente:
- Pessoa com deficiência acamada de forma permanente;
- Pessoa com síndrome de down acima de 18 anos;
- Pessoa traqueostomizada;
- Pessoa com doenças neuromusculares;
- Pessoa com doença pulmonar crônica;
- Pessoa com deficiência física (cadeirante);
- Pessoa com dificuldade de engolir (com disfagia);
- Pessoa com dificuldade de engolir (com disfagia);
- Pessoa com necessidade de cuidados permanentes para as atividades básicas de vida diária (tomar banho, se vestir, higiene pessoal, deslocamento dentro de casa, incontinência urinária e fecal, comer com as próprias mãos);
- Pessoa com síndromes raras;
- Pessoa com deficiência visual total (amaurose)/cego;
- Vulnerabilidade social (incluídos em programas sociais do Governo);
- Pessoa com fissura labiopalatal;
- Outras.