O Corpo de Bombeiros Militar do Ceará (CBMCE) e o Instituto Verde Luz promoveram a soltura de 113 filhotes de tartaruga marinha na Praia do Futuro, na manhã desta sexta-feira (19).
De acordo com o tenente Rodrigo Carneiro, do CBMCE, os ovos eclodiram ainda na madrugada, mas os filhotes, da espécie tartaruga-de-pente, foram atraídos pela iluminação pública e se deslocaram para a rua, ao invés de para o mar.
"Então os populares começaram a juntar, principalmente os vigias da barraca América do Sol, que nos informaram, e nós chegamos para esse apoio. Colhemos 113 tartarugas", disse.
Agentes do projeto GTAR, do Instituto Verde Luz, foram acionados após o resgate, para a soltura responsável dos animais.
Em casos dessa natureza, em que por algum motivo as tartarugas não consigam cumprir o deslocamento ao mar, explica o tenente, a população não deve intervir, e sim acionar o Corpo de Bombeiros pelo número 193 e um órgão ambiental.
"Essa eclosão precisa ficar o mais natural possível. Existem casos em que, na tentativa de ajudar, pessoas pegam os filhotes e colocam no mar. Esse procedimento não deve ser feito. Elas precisam caminhar na areia em direção ao oceano, para quando tiveram maior, em atividade reprodutiva, elas voltem ao mesmo lugar onde nasceram", explica.
Além disso, acrescenta ele, somente órgãos ambientais, como o Instituto Verde Luz, possui as licenças ambientais para os manejos necessários.
Classificação crítica
A tartaruga-de-pente é considerada a mais tropical de todas as tartarugas-marinhas e vive em mares tropicais e sub-tropicais dos oceanos Atlântico, Índico e Pacífico.
No Brasil, a espécie corre risco de extinção, segundo classificação do Ministério do Meio Ambiente como criticamente em perigo.