Fortaleza continua sofrendo com acúmulo de lixo nas ruas

Em vários pontos da Capital, a população reclama dos resíduos aglomerados, situação ocasionada pela falta de coleta

Fortaleza continua sofrendo com o acúmulo de lixo ocasionado pelos ataques criminosos que aterrorizam a população desde o segundo dia de 2019. Alguns pontos da Capital ainda aglomeram resíduos descartados nas ruas, até mesmo após medidas especiais anunciadas pela Prefeitura de Fortaleza.

Na manhã desta quinta-feira (17), um caminhão de coleta de lixo foi incendiado na rua Benjamin Franklin, no bairro Serrinha. Devido a ataques como o desta quinta-feira, a população reclama do acúmulo em vários locais. Um dos pontos de reclamação encontra-se na Rua Joaquim Martins, na altura no número 503, no bairro Passaré. De acordo com relato de moradores da região o problema é antigo, mas se agravou após a redução da coleta de lixo.

No local, pode-se encontrar lixo ensacado, não ensacado, descarte de móveis velhos como sofá, colchão, televisão, entulho, podas de árvores e até animais mortos. Proliferando moscas, muriçocas e todas as doenças que o acúmulo de lixo pode gerar. Os moradores também reclamam de alguns indivíduos que ateiam fogo nos resíduos, gerando gás metano e levando fumaça para dentro das casas.

A arquiteta Lara Maria Sousa, moradora da região ressalta que ela e outros moradores já denunciaram por meio do telefone 156, disponibilizado pela Prefeitura de Fortaleza, mas nenhuma providência foi tomada. “Eles disseram que a nossa denúncia já estava como pedido a ser analisado. Explicaram também que a demora no recolhimento é por conta da cidade estar com muitos pontos de lixo acumulado”, ressalta.

No último dia 9, o prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio, anunciou o início de uma operação especial para coleta de lixo. Na ação, os caminhões de coleta seriam acompanhados por viaturas da Polícia Militar do Estado do Ceará.

No entanto, outro ponto em situação caótica em Fortaleza é na Rua Mozart Firmeza, no bairro Jóquei Clube. “O pessoal está colocando lixo aqui na calçada porque a coleta não está passando aqui nas ruas”, reclama um morador da região, em um vídeo gravado, onde mostra a condição do local.

Vídeo: confira a situação da Rua Mozart Firmeza 

Mesmo com o serviço de limpeza tentando voltar à normalidade, muitas áreas de Fortaleza ainda apresentam acúmulo de lixo. É o caso do Conjunto Acaracuzinho, que “há mais de duas semanas está sem coleta na Avenida Central”, relata o morador José Ribamar. Outro relato que a equipe do Diário do Nordeste recebeu foi no bairro Messejana, “que desde o início dos ataques aos ônibus e prédios públicos, o lixo não é recolhido”, explica Melissa Tavares. 

Segundo a moradora, a esquina da rua Cel. João de Oliveira com a rua Vicente Nobre Macedo (por trás do muro da Vila Olímpica da Messejana e próximo ao Hospital Mental) e a Rua Pedro de Alcântara e Silva (em frente ao terreno, na altura do número 620), são alguns dos locais em que o lixo toma conta das ruas e calçadas.  

Em nota, a Secretaria Municipal de Conservação e Serviços Públicos (SCSP) informa que continua “em pleno desenvolvimento as ações iniciadas na última quinta-feira (10/01), com a coleta domiciliar e especial feita em sua totalidade”.

O órgão também vem trabalhando com atividades complementares direcionada para limpeza do passivo residual de lixo acumulado ao longo dos últimos dias em algumas regiões em que o caminhão da limpeza corria risco de ataques e violência. Nestes locais a coleta conta com o apoio e monitoramento da Polícia Militar e da Guarda Municipal

Apoio da população 

A secretaria pede ainda o apoio da população no sentido de colocar o lixo orgânico apenas no momento em que o caminhão estiver passando. No caso de resíduos secos, indica-se descartá-lo nos Ecopontos. Para comunicar casos de práticas nocivas ao meio ambiente e ordenamento da cidade, as denúncias podem ser feitas pelo telefone 156, pelo aplicativo Fiscalize Fortaleza, disponível para Android e iOS, ou pelo site: denuncia.agefis.fortaleza.ce.gov.br