Defesa Civil faz nova visita a prédio no Dionísio Torres e orienta moradores a deixarem apartamentos

Segundo o órgão, não há risco de desabamento, mas residentes devem sair de prédio por medida de segurança durante reforma. Mesma orientação foi emitida por engenheiros contratados

Moradores do Edifício Mirele, prédio residencial localizado na Rua Coronel Linhares, no Bairro Dionísio Torres, foram orientados pela Defesa Civil de Fortaleza a deixarem os apartamentos durante a execução de obras de reforma, com previsão de duração de seis meses. A recomendação foi dada após a primeira visita de técnidos do Núcleo de Ações Preventivas (Nuprev), na segunda-feira (11), e reforçada nessa terça-feira, ao término da segunda análise estrutural. O mesmo pedido foi feito por engenheiros responsáveis pelo serviço.

O Edifício Mirele, com 26 apartamentos e aproximadamente quarenta anos, já passou por reformas. O coordenador da Defesa Civil, Luciano Agnelo, esteve na última visita e descartou risco de colapso. "A vistoria verificou que o prédio não corre risco de desabamento. Os dois locais, onde será feito o trabalho maior de recuperação, já têm escoramento", comentou. Segundo o profissional, os trabalhos só devem começar após a elaboração do laudo da inspeção predial para que seja entregue ao órgão de fiscalização, com a ata que foi aprovada pelos moradores.

Moradores

A principal preocupação, segundo moradores, é com a infiltração constatada em alguns andares. Segundo a professora Clébia Lima Couto, que mora no quarto andar, há pressa entre os condôminos para a execução do serviço. "A gente deve correr para a reforma, porque esse prédio tem 38 anos. É evidente que a gente tem que correr para fazer a reforma", comentou. 

Outra moradora, que preferiu não se identificar, disse que já mudou a rotina para encontrar uma nova casa durante o período de obras. “Estamos na correria, procurando apartamentos pela área, para não ter que mudar tanto. A gente prefere que digam a verdade do que continuar dessa forma. Melhor ser feito do jeito certo". Contudo, há residentes que ainda resistem a deixar o prédio, e precisarão assinar um termo de responsabilidade.