Diferente dos adultos, a Covid-19 nas crianças pode se manifestar com mais frequência na forma leve e moderada. Mas não se pode relaxar nos cuidados, especialmente com uma nova cepa circulando no Estado.
Manter as crianças saudáveis, de modo que não precisem ir aos hospitais, é o alerta das autoridades de saúde neste momento. Mas com o início das chuvas no Ceará, pais devem redobrar os cuidados. “Nessa época chuvosa ocorre um aumento das síndromes respiratórias, por isso é sempre importante manter o contato com o pediatra da criança para que os sintomas de qualquer síndrome não se agravem e ela não necessite ir ao hospital, pois elas ficam vulneráveis a outras patologias”, alerta Renata Nobre, enfermeira obstetra, consultora em amamentação e especialista em cuidados materno-infantil. Confira outras recomendações da profissional para crianças de 0 a 2 anos.
Bebês até 1 ano
- Recém-nascidos e bebês tendem a levar sempre as mãos à boca, por isso, não deixe ninguém pegar na mão das crianças;
- Se outro adulto, que não seja o pai ou a mãe da criança, tiver contato com ela, deve estar de máscara e sempre lavar as mãos com água e sabão antes de segurá-la em seus braços;
- Evite o contato com outras crianças com alguma síndrome gripal ou que tenha contato com adulto que esteja gripado ou com suspeita de Covid-19;
- Sempre que sair, leve lenços de limpeza para a higienização das mãos, caso não tenha acesso a água e sabão;
- Mulheres que estão amamentando não devem parar a amamentação se apresentar algum sintoma de síndrome gripal ou suspeita de Covid-19 ou caso confirmado. Lave as mãos com água e sabão e use máscaras durante a amamentação, lembrando de manter o ambiente sempre arejado para a circulação do ar. O leite materno é fundamental para a saúde do seu bebê.
Crianças acima de 1 ano
- Após 1 ano, os cuidados continuam os mesmos, mas pode inserir outros na rotina, como higienizar sempre os brinquedos com álcool ou hipoclorito;
- Evite locais aglomerados;
- Higienize sempre as mãos da criança com água e sabão, mas quando não for possível, utilize o álcool a 70%. “Lembrando sempre que em crianças o uso do álcool deve ser em pouca quantidade e deve-se certificar que o álcool tenha sido absolvido pela pele (que esteja seca), pois a pele da criança é sensível e pode apresentar irritações”, alerta Renata Nobre.
- Se possível, evite o contato direto com idosos, mas caso seja inevitável, o recomendado é que os avós sempre estejam de máscaras, realizando a troca da máscara a cada 2 horas e higienizando sempre as mãos com água e sabão.
- Sinais como febre acima de 38°C ou desconforto respiratório com batimentos de asa de nariz alertam para que se procure emergência. “Lembrando que ao surgimento de algum sintoma, os pais devem contactar sempre o pediatra que já faz acompanhamento da criança”, recomenta Renata Nobre.