O Ceará é um dos seis estados em situação preocupante de abastecimento de oxigênio hospitalar. A informação é do diretor de Logística do Ministério da Saúde, general Ridauto Fernandes.
Acre, Amapá, Mato Grosso, Rio Grande do Norte e Rondônia também enfrentam dificuldade por conta da alta demanda pelo insumo.
O Gabinete Integrado de Acompanhamento da Epidemia de Covi-19 (Giac), da Procuradoria-Geral da República, enviou ofício alertando sobre a situação do Amapá e confirmou que há relatos do mesmo problema em estados do Nordeste.
Segundo Ridauto Fernandes, o governo federal já executa estratégias para aumentar a produção de cilindros e instalar concentradores de oxigênio em locais que funcionarão como miniusinas produtoras de oxigênio.
Capacidade de atendimento
Em nota, a Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa) informou que dispõe de estrutura para dar suporte de oxigênio aos hospitais, "mesmo que haja aumento vultuoso da demanda".
A Pasta alegou que emitiu comunicado oficial para as empresas fornecedoras de oxigênio "garantindo o fornecimento do gás para todas as unidades da Rede Sesa" no Interior e na Região Metropolitana de Fortaleza.
"Este suprimento tem como base de cálculo números cinco vezes maiores que a demanda máxima do pico da pandemia de Covid-19 no ano passado, considerando manutenção do abastecimento por 90 dias", frisou o comunicado.
Durante transmissão nas redes sociais na noite dessa segunda-feira (22), o governador Camilo Santana disse que o Estado tem adquirido junto à White Martins cilindros de oxigênio e repassado aos municípios do Interior.
“Tenho feito uma intermediação junto à White Martins, que tem a maior planta de produção de oxigênio da América Latina, e nós estamos fazendo uma doação desde segunda-feira da semana passada para os municípios”.
Ceará deve receber 100 cilindros
Por sua vez, o Ministério da Saúde diz realizar o monitoramento constante da demanda de oxigênio medicinal em todo o país, promovendo, no momento, o abastecimento do produto de forma intensa em estabelecimentos de saúde que dependem de oxigênio gasoso, que é entregue em cilindros, como pequenos hospitais e unidades de pronto-atendimento. Até o dia 26 de março, o Ceará deve receber 100 cilindros.
Os grandes hospitais recebem o produto na forma líquida, conforme esclarece a pasta, destacando que as empresas produtoras estão garantindo as entregas.
Além disso, o Ministério fala do Plano Oxigênio Brasil, que coloca ações em prática, como a redistribuição de materiais enviados a Manaus, com apoio do Governo do Amazonas e do Ministério da Defesa.
Segundo o órgão, também foram requisitados concentradores de oxigênio na China e nos Estados Unidos, com apoio da iniciativa privada, com previsão de chegada na primeira semana de abril.