Pelo terceiro dia consecutivo, os caminhoneiros se manifestam contra o aumento do preço dos combustíveis. Nesta quarta-feira (23), o grupo fez uma carreata por diversas ruas da Capital Cearense. Ao todo, são mais de 40 caminhões reboques participando do percurso. Eles são caminhoneiros autônomos e alegam que estão sendo prejudicados com a alta do diesel.
O ponto de partida foi a Arena Castelão e o trajeto passou pelas avenidas Alberto Craveiro, Raul Barbosa, Desembargador Moreira, contornando a Praça Portugal e fazendo o trajeto de volta, retornando ao estádio.
Desde segunda-feira (21), os caminhoneiros se mobilizam em protesto contra o aumento no preço do diesel. Os atos também foram registrados em outros estados pelo País. Nos últimos 12 meses, o combustível subiu 15,9% nos postos brasileiros.
Na segunda (21), os caminhoneiros bloquearam o Anel Viário, perto da Ceasa, causando um grande congestionamento. Na terça (22), o bloqueio aconteceu na BR-116.
Sem acordo
A reunião na Casa Civil nesta quarta-feira (23) entre Abcam (Associação Brasileira de Caminhoneiros) e governo federal terminou sem acordo.
A associação se encontrou com representantes da União para decidir se iria manter a greve que paralisa estradas pelo Brasil desde segunda. Os caminhoneiros planejam manter a manifestação pelo menos até sexta-feira.
Estavam presentes o ministro dos Transportes, Valter Casemiro, o ministro da secretaria de governo Carlos Marun e o diretor geral da ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres), Mário Rodrigues.
O presidente da associação, José Fonseca Lopes, divulgará os resultados do encontro ainda nesta quarta em Brasília.
Morte e agressões
As manifestações de caminhoneiros espalhadas no país já acumulam morte, agressões, brigas entre motoristas e veículos danificados em três dias de atos, especialmente em São Paulo, Minas Gerais e Paraná.