6 de cada 10 vacinas recebidas contra a Covid-19 no Ceará foram usadas para aplicar 1ª dose

Restante é para a aplicação da segunda dose. Chegada de novas doses ao Estado nesta semana deve levar campanha de vacinação para nova etapa

No Ceará, seis de cada dez vacinas recebidas contra a Covid-19 foram utilizadas para aplicação da primeira dose nos grupos prioritários (idosos institucionalizados, idosos acima de 75 anos, profissionais da saúde e indígenas). Isso significa que, das 438,7 mil doses que chegaram em quatro lotes desde o último 18 de janeiro, 60,4% foram usadas para a primeira dose e 39,5% estão armazenadas em estoque para a aplicação obrigatória da segunda dose. O cálculo não considera ainda a nova remessa que chegou na manhã desta quarta-feira (24).

As doses que estão, hoje, armazenadas no Estado, são somente da CoronaVac — vacina produzida pela farmacêutica Sinovac em parceria com o Instituto Butantan, de São Paulo. Isso porque a segunda dose desse imunizante precisa ser aplicada 30 dias após a primeira.

Antes do lote de 80,5 mil doses que chegou nesta quarta-feira (24), o Ceará tinha somente 72,5 mil doses da vacina produzida pela Universidade de Oxford em parceria com a farmacêutica AstraZeneca e a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), do Rio de Janeiro. Por serem poucas, e porque a segunda aplicação desse imunizante tem de ser feita 90 dias após a primeira, as doses que o Estado possuía até então foram priorizadas para primeira aplicação.

“Cerca de 95% dos municípios cearenses já aplicaram a primeira dose. E, no caso de Fortaleza, entramos na segunda dose para os profissionais de saúde. Consideramos isso uma boa execução da vacina, e estamos aprimorando. Temos feito reuniões com os municípios para melhorar essa logística e torná-la cada vez mais rápida”, afirmou nesta manhã (24) o secretário estadual da Saúde, Carlos Roberto Martins Rodrigues Sobrinho, o dr. Cabeto, em entrevista ao Sistema Verdes Mares.

Aplicação x armazenamento

Somando os lotes das vacinas CoronaVac e de Oxford para primeira aplicação, o Ceará teria somente 261,2 mil para primeira dose e, o restante, 174.449, para a segunda. Porém, até as 12 horas desta quarta-feira (24), de acordo com o Vacinômetro, o Estado havia imunizado, em primeira dose, 265,1 mil pessoas, 3,9 mil a mais do que o que se tinha calculado.

Conforme a assessoria de imprensa da Secretaria da Saúde (Sesa), isso acontece porque, na medida em que o Estado toma conhecimento da chegada de novas doses, as que estavam guardadas para a segunda aplicação migram para a primeira. E, nesta manhã (24), o governador Camilo Santana (PT) anunciou que devem vir mais 49,2 mil doses da CoronaVac, sendo metade para primeira aplicação e metade para a segunda.

Com a chegada de novas doses de ambos os fabricantes, será possível avançar para o segundo grupo prioritário da campanha de vacinação. “Grande parte do grupo da primeira fase será completada com a chegada dessas novas doses. Temos cerca de 20 mil idosos em Fortaleza que precisam ser vacinados e número igual de profissionais de saúde. Uma vez chegando nova remessa, começaremos a fazer a vacinação da população entre 60 a 74 anos”, garante Cabeto.

Meta de vacinação

No cronograma de vacinação, o Ceará tem a meta de vacinar, neste primeiro momento:

254,2 mil profissionais da saúde;
3,4 mil idosos institucionalizados;
20 mil indígenas;
341,8 mil idosos acima de 75 anos.

Histórico da chegada de vacinas ao Ceará

  • 18 de janeiro - 229,2 mil doses (CoronaVac)
  • 23 de janeiro - 72,5 mil doses (Oxford)
  • 25 de janeiro - 33,2 mil doses (Coronavac)
  • 6 de fevereiro - 115 mil doses (Coronavac)
  • 24 de fevereiro - 80,5 mil doses (Oxford)