Em decisão histórica, a Federação Americana de Futebol (US Soccer) anunciou nesta terça-feira (22) um acordo para pagar de maneira igualitária as seleções feminina e masculina. Segundo o The New York Times, o acerto prevê também o pagamento de US$ 24 milhões (R$ 121,5 milhões) para dezenas de jogadoras e ex-atletas, como compensação pelo tempo de desigualdade.
"A U.S. Soccer se comprometeu a oferecer a mesma remuneração às seleções masculina e feminina em todos os amistosos e torneios, incluindo a Copa do Mundo, a partir de agora", disse a entidade em comunicado.
Apesar da seleção feminina ser o carro-chefe do futebol dos EUA, com as mulheres tendo conquistado quatro vezes a Copa do Mundo e o ouro olímpico, a equipe recebia consideravelmente menos do que o time masculino, mero coadjuvante na Fifa.
Em 2019, o sindicato das jogadoras da seleção americana entrou com uma ação por discriminação de gênero contra a US Soccer. Na ocasião, a estrela Megan Rapinoe acusou a federação de "recusar-se obstinadamente" a pagar as jogadoras de forma justa.