Emerson Fittipaldi vira candidato ao Senado da Itália em partido de extrema direita

O ex-piloto de Fórmula 1 recebeu apoio do presidente Jair Bolsonaro na decisão

Legenda: Fittipaldi nasceu no Brasil, mas tem cidadania italiana por conta da origem da família do pai
Foto: divulgação

Bicampeão mundial de Fórmula 1, Emerson Fittipaldi quer entrar para a política. A lenda do automobilismo se candidatou ao Senado da Itália, que terá eleições em setembro. Fittipaldi concorrerá a um lugar no Parlamento Italiano pelo partido Fratelli d'Italia, considerado de extrema direita.

O ex-piloto de 75 anos tomou a decisão na última quinta-feira (11), após longo telefonema com Giorgia Meloni. A líder do partido tem chances reais de se tornar a nova primeira-ministra da Itália nas eleições. Considerada controversa, ela já disse ser admiradora do ex-ditador Benito Mussolini e pode se tornar a 1ª mulher no cargo.

Fittipaldi é brasileiro, nascido em São Paulo, mas tem sangue italiano nas veias. Seu pai, Wilson Fittipaldi, mais conhecido como "Barão", era filho de imigrantes italianos e tinha cidadania europeia. O lado italiano da família do bicampeão de F-1 é de Trecchina, cidade com pouco mais de 2.500 habitantes, na província de Potenza.

Nas eleições parlamentares da Itália, Emerson Fittipaldi vai apoiar o candidato à reeleição na Câmara, Luis Roberto Lorenzato, do Lega Nord (Liga Norte), outro partido de direita. De acordo com o periódico italiano Il Giornale, o ex-piloto recebeu o apoio do presidente Jair Bolsonaro para sua candidatura na Itália.

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Propostas de Fittipaldi 

Na Itália, o brasileiro já anunciou propostas ligadas ao esporte e à obtenção de cidadania italiana. Ele promete defender o Direito de Sangue da Cidadania Italiana "IUS SANGUINIS", que estaria sob uma ameaça. Assim, o ex-piloto quer agilizar a aceitação e a obtenção de cidadania italiana para atletas de outros países.

Fittipaldi pretende aproximar os descendentes de italianos que moram no Brasil e na América do Sul do país europeu, com "políticas e projetos de desenvolvimento da atividade através dos fundos de apoio ao atleta e desporte tanto da Itália como da União Europeia".

Fora do ambiente esportivo, Fittipaldi quer obter o reconhecimento automático de diplomas dos ítalo-brasileiros e da América do Sul na Itália. Na educação, busca criar uma universidade para acolher descendentes italianos.