Veja como joga o líder Santos, adversário do Fortaleza neste domingo

Equipe de Jorge Sampaoli tem um futebol dinâmico e muito ofensivo; Leão do Pici terá um de seus maiores desafios no Brasileirão

O Fortaleza vai à Vila Belmiro neste domingo, às 16h, para encarar um dos melhores times do Brasileirão: o Santos. O líder da competição, com 32 pontos na tabela, vem de duas derrotas seguidas, mas tem em Jorge Sampaoli um dos grandes técnicos da América no comando de uma equipe com um explícito foco ofensivo.

"Na minha opinião, o jogo de futebol tem a ver com a eliminação de nosso adversário. Você elimina com o passe, com o drible ou com o posicionamento", disse o técnico santista. Com jogadores velozes nas pontas e com qualidade no passe no meio campo, o Peixe é o 5º com maior posse de bola na competição (55,3%).

Entenda como o Santos joga e por onde o Fortaleza pode levar vantagem:

Sampaoli projeta o Peixe num 4-3-3 muito reativo, ou seja, assim como seus titulares, muda bastante. Com um trabalho de posse meticulado, o time paulista busca que o próprio adversário crie os espaços através da muita movimentação e passes certeiros na faixa central do campo, o setor mais criativo de Sampaoli.

O trabalho de Eduardo Sasha, atacante móvel, regula a velocidade das ações ofensivas no Santos, saindo da área para atrair a marcação e criar brechas para os pontas ou meias infiltrarem na intermediária defensiva do oponente.

 

Quintero e sua dupla devem ficar atentos aos movimentos dos atacantes, principalmente os pontas, que não hesitam em partir para o drible. Com o recurso, Derlis Gonzalez e Soteldo atraem a atenção dos marcadores, dando tempo para os companheiros explorarem as falhas do adversário.

Além dos pontas, os laterais apoiam muito para criar superioridade no setor ofensivo. Jorge e Victor Ferraz dão amplitude ao time, permitindo que os pontas flutuem pela entrada da área como alternativas para finalização.

Falhas defensivas

Apesar da qualidade técnica e de movimentação, o Santos tem pontos específicos em que o Leão do Pici pode aproveitar. Na transição defensiva, os meias deixam espaços à frente da zaga quando Pituca ou outro volante não retornam a tempo. Neste território, Wellington Paulista pode sair da área para ocupar o espaço e criar perigo à área alvinegra.

Na bola parada, também falta ao Peixe. O foco, muitas vezes, é somente na bola, permitindo que os oponentes se livrem da marcação. 

O Fortaleza enfrenta um time muito móvel e dinâmico quando tem a bola nos pés, que se posiciona com a intenção de desmanchar o encaixe na organização ofensiva do adversário. Porém, o time de Sampaoli apresenta problemas que o grupo tricolor pode aproveitar se acertar os contra-ataques.