Com o fim da temporada 2023 se aproximando e o período de aquecimento do mercado da bola próximo, o Fortaleza formulou à Fifa um pedido para ser liberado do transfer ban, aplicado pela própria entidade até que haja um novo julgamento do “Caso Lucero”, na Corte Arbitral do Esporte (CAS). A solicitação deverá ser atendida próximo do início da primeira janela de transferências do futebol brasileiro para 2024, que abre em 11 de janeiro.
O argumento principal do pedido de liberação é que o Fortaleza pode ser absolvido pelo CAS (e o clube apresentará documentos para buscar este resultado), portanto, aplicar o transfer ban agora seria punir antes mesmo da possibilidade de um novo julgamento onde o clube pode não mais ser considerado culpado, o que não justificaria punição. Além disso, não há previsão da audiência definitiva na Corte Arbitral do Esporte e a tendência é que ocorra no segundo semestre de 2024.
Além da atuação do departamento jurídico do Fortaleza no caso, o clube também conta com uma assessoria externa e a diretoria está tranquila com relação à possibilidade do Tricolor poder atuar normalmente no mercado da bola em 2024. O clube aguarda, no entanto, um documento oficial que o libere do transfer ban.
A punição vigente, imposta pelo tribunal da Fifa em 8 de agosto, não se aplica a jogadores que já fazem parte do elenco e serão comprados em definitivo pelo Fortaleza, como os casos de Caio Alexandre e, provavelmente, Yago Pikachu.
No dia 17 de agosto, o departamento jurídico do Fortaleza havia conseguido um efeito suspensivo para o atacante Juan Martín Lucero, que havia sido suspenso por quatro meses. Ele ficou dois jogos sem atuar, mas foi liberado para voltar aos gramados até novo julgamento no CAS. Na época, o Tricolor não pediu liberação do transfer ban por entender que não era o foco naquele momento.
Entenda o caso
Em abril deste ano, o Colo-Colo, do Chile, acionou a Fifa contra o Fortaleza e contra o atacante Juan Martín Lucero. Segundo o clube chileno, o Tricolor teria induzido Lucero a rescindir com eles para assinar com o Leão, mesmo que no contrato do atleta não houvesse cláusula para saída.
O Colo-Colo chegou a pedir à Fifa que o jogador fosse impedido de trocar de clube durante três meses e pediu um valor de, aproximadamente, R$ 10 milhões. Além disso, o clube do Chile solicitou que o jogador ficasse afastado dos gramados por, pelo menos, quatro meses.