O título de octacampeão do Brasil na Copa América veio acompanhado de outras marcas importantes para o futebol feminino. No dia em que completou três anos no comando da Canarinha, a sueca Pia Sundhage tornou-se a primeira mulher a conquistar o título do torneio como treinadora, também o primeiro dela com a amarelinha. Além disso, sob o comando da técnica, a equipe tornou-se a primeira a terminar a competição sem sofrer gols.
É sempre muito bom fazer algo que ninguém conseguiu fazer antes. Não ceder gols é impressionante e isso se deve a uma defesa sólida, com jogadoras experientes como a Tamires. Temos jogadoras mais jovens na frente da última linha e, para mim, tem sido fantástico vivenciar a Copa América. Por tudo que já vi estando nos EUA, na China e na Suécia, em todas aquelas Copas e Olimpíadas, estou muito grata pela final e pela atmosfera, porque as duas equipes mereciam isso. E estou muito orgulhosa de ter vindo lá da Suécia e ganhado essa bela medalha, graças às minhas jogadoras. Muito obrigada.
A seleção brasileira venceu a Colômbia neste sábado (30), no no Estádio Alfonso López, em Bucamaranga (COL). De pênalti, Debynha fez o único gol da partida que valia a taça. Sundhage avaliou a campanha e já pensa na Copa do Mundo.
"Esse jogo nos deu um ótimo ponto de partida, porque as jogadoras jovens, junto às mais experientes, como a Tamires, tiveram a chance de manter esse 1x0 diante de uma grande torcida. É um contexto de muita emoção e, taticamente, podemos ser melhores, mas todo jogo nos ensina e essa final foi uma ótima professora para todas nós. Se você olhar para as jogadoras mais novas, acredito que elas aprenderam algumas coisas que nos ajudarão a evoluir na preparação para a Copa do Mundo", avaliou a treinadora.
Maior campeão da Copa América, o Brasil agora volta as atenções para o Mundial de 2023, a ser realizado na Austrália e na Nova Zelândia. O foco do grupo será conquistar a primeira estrela. Até lá, poderá contar com a maior jogadora, Marta, em recuperação de uma cirurgia no joelho.