Jogos Olímpicos de Inverno tem recorde na participação de atletas LGBTQ, diz site americano

O número é mais que o dobro de quatro anos atrás.

As Olimpíadas de Inverno de 2022, em Pequim, já trazem um número significativo: são pelo menos 35 atletas gays, lésbicas, bissexuais, transgêneros, gays, pasexuais e não-binários participando da competição. Isso representa o dobro da comunidade que competiu em 2018, incluindo a maior parcela de homens. Os dados foram publicados pelo site Outsports. A abertura do evento foi nesta sexta-feira (4) e tem a participação de mais de 3 mil atletas vindos de 91 países. A competição vai até o dia 20 de fevereiro.

Esses atletas vão competir em nove esportes diferentes, incluindo 12 no hóquei no gelo e dez na patinação artística. Entre os patinadores, oito são homens, um não binário e outro pansexual. A atleta pansexual, Amber Glenn, seria uma alternativa mas não deve competir. Todas as jogadoras de hóquei no gelo são mulheres.

Até os Jogos de 2018, na Coréia do Sul, não havia registro de atleta olímpico de inverno masculiino assumidamente, quando quatro dos 15 atletas se declararam LGBTQIA+. Na China, são pelo menos 11 homens, quase um terço do total. Nos Jogos de Verão em Tóquio, em 2021, a proporção entre mulheres e homens foi de 9 para 1.

Os países com mais atletas LGBTQIA+ são: Canadá (10), Estados Unidos (seis), Grã-Bretanha (quatro), Suécia (três), França (dois) e República Tcheca (dois). O Brasil aparece com uma representante. A brasileira Nicole Silveira, de 27 anos, mora no Canadá e disputa a primeira Olimpíada.

Ela vive situação curiosa: vai competir contra a própria namorada, Kim Meylemans, de 25. A atleta de skeleton também é embaixadora da Out For The Whin, entidade que busca dar visibilidade a histórias de atletas LGBTQIA+.

"Saber que posso pisar nesse grande palco, que são as Olimpíadas, como um conhecido membro LGBTQ, e poder trazer mais visibilidade e ajudar os atletas a serem quem eles querem ser, me traz muita alegria. Espero poder ser aquela pessoa que ajuda a levantar esse peso do ombro de outra pessoa”, declarou ao site americano.