O Ministério Público da Alemanha confirmou nesta quarta-feira que os dois homens acusados de chantagear a família de Michael Schumacher estavam em posse de fotos recentes do ex-piloto e seus familiares. Eles haviam sido detidos no dia 19 de junho, no estacionamento de um mercado, na cidade de Gross-Gerau.
A suspeita de chantagem aumentou com a constatação de que as fotos são recentes. De acordo com os promotores de Wuppertal, as imagens mostram a família do heptacampeão mundial de Fórmula 1 numa área privada. As autoridades informaram que as investigações estão em curso, mas detalhes não serão revelados para não atrapalhar a apuração. A família de Schumacher não se manifestou sobre o caso.
Os acusados são pai e filho, de 53 e 30 anos, respectivamente. Eles teriam entrado em contato com funcionários da família de Schumacher alegando estar em posse de imagens que os familiares teriam interesse em não ver publicadas. Pai e filho teriam cobrado um valor milionário para não postar as fotos na internet. Teriam até enviado cópias das fotos à família como prova do que tinham em mãos.
A dupla está detida no momento. "Se forem condenados, poderão sofrer uma multa ou uma sentença de prisão de até cinco anos", afirmou Wolf-Tilman Baumert, um dos promotores envolvidos no caso. Pai e filho já teriam sido investigados por suspeita de envolvimento em outros crimes.
Não é a primeira vez que a família de Schumacher é alvo de uma tentativa de chantagem. Em 2017, um homem de 25 anos cobrou 900 mil euros (cerca de R$ 5,4 milhões, pelo câmbio atual) da esposa do ex-piloto, Corinna Schumacher, ao ameaçar a integridade física dos filhos do casal. Ele foi condenado a 21 meses em caráter de sentença suspensa.
Michael Schumacher vive em reclusão há mais de 10 anos, desde que sofreu um acidente de esqui nos Alpes Franceses no dia 29 de dezembro de 2013. Ele não foi mais visto publicamente e a família não revela nenhuma informação sobre seu estado de saúde, num dos maiores mistérios do esporte atualmente.