O brasileiro Darlan Romani terminou a final do arremesso do peso dos Jogos Olímpicos de Tóquio na quarta colocação na madrugada desta quinta-feira, pelo horário brasileiro. Darlan melhorou em uma posição a sua classificação em relação à Olimpíada no Rio-2016, mas ficou de fora do pódio ao obter a marca de 21,88 metros.
Os Estados Unidos fizeram dobradinha. Ryan Crouser foi medalha de ouro, com direito a quebra do recorde olímpico (23,30 metros) Joe Kovacs ficou com a prata ao arremessar 22,65m. Já Tom Walsh, da Nova Zelândia, completou o pódio com 22,47m.
Havia expectativa de que Darlan pudesse conquistar uma medalha e ele até que começou a prova bem. Fez 21,88 metros, a sua melhor marca na temporada. Naquele momento, ele chegou a estar na segunda posição na prova.
Sem melhorar
Mas depois Darlan não conseguiu melhorar o seu desempenho para que conseguisse superar os adversários. No segundo arremesso, fez 21,22 metros e na terceira tentativa, 20,96m.
Visivelmente insatisfeito com o seu rendimento, Darlan ficava andando sozinho pelo Estádio Olímpico de Tóquio, simulando que estava arremessando o peso enquanto aguardava a sua vez. Em outros momentos, procurava uma sombra para escapar do Sol e amenizar o forte calor.
O brasileiro acabou queimando o quarto e o quinto arremessos. Partiu para o tudo ou nada na sexta tentativa, porém acabou tendo o seu pior arremesso do dia, com 20,70 metros. Logo que o peso bateu no chão, o brasileiro percebeu que não tinha ido bem e já bateu palmas em direção à arquibancada, onde estavam integrantes da delegação do Time Brasil torcendo por ele.
Após o quinto lugar no Rio, Darlan subiu de produção e no Mundial de Doha, em 2019, foi o quarto colocado, com 22,53 metros. A melhor marca da sua carreira é 22,61m, conquistada em uma etapa da Diamond League daquele ano. Se tivesse repetido esse índice nesta quinta-feira, por exemplo, ele seria medalha de bronze em Tóquio.
Mas na reta final de preparação para a Olimpíada no Japão, ele sofreu uma série de problemas que acabaram lhe prejudicando. No ano passado, no início da pandemia, Darlan teve de improvisar treinos em um terreno baldio perto de sua casa, em Bragança Paulista, no Interior do Estado. Esse ano, pegou covid-19, teve uma lesão nas costas e ainda passou os últimos meses longe do seu treinador, que estava em Cuba enquanto ele treinava no Brasil.