O árbitro Wagner Magalhães (Master-RJ) não vai apitar jogos do Ceará até segunda ordem. A decisão foi comunicada ao clube pela comissão de arbitragem da CBF, que recebeu dirigentes do Vovô e da Federação Cearense de Futebol (FCF) na quinta-feira (22).
A reunião foi para que Wilson Seneme e os demais membros da comissão de árbitros esclarecessem aos dirigentes cearenses sobre lances contestados pelo Ceará referentes à partida contra o Goiás, que ocorreu dia 12 de agosto, válida pela 20ª rodada da Série B do Brasileiro.
O veto do árbitro, porém, não ocorreu pelas decisões dele em campo, que foram consideradas acertadas pela comissão de arbitragem. Ele foi afastado das partidas do Alvinegro, segundo apuração do Diário do Nordeste, por um desentendimento entre os jogadores do Ceará e Wagner Magalhães após o jogo e algumas coisas que foram ditas reciprocamente. Não foi estabelecido um prazo para o fim da proibição.
Já o Thiago Duarte Peixoto, que foi o árbitro de vídeo daquela partida foi suspenso logo na rodada seguinte da escala de arbitragem por um erro de procedimento no uso da tecnologia do VAR.
Na análise da comissão de arbitragem, Peixoto não fez uma sincronização de câmeras na primeira cobrança de pênalti do goleiro Tadeu, para provar que não houve um bi toque do jogador do Goiás na execução do lance.
A CBF mantém, no entanto, que a decisão da arbitragem foi acertada e que não houve infração por parte de Tadeu. Foi feita a sincronização de câmeras na reunião e exibida para os dirigentes cearenses presentes.
Demais lances
Seneme e os quatro outros membros da arbitragem também abordaram a marcação do primeiro pênalti a favor do Goiás, por um toque de mão de um defensor do Ceará. Houve divergência de opiniões, mas três deles (a maioria) concordaram com o parecer emitido pela ouvidoria da arbitragem, de que o braço estava em posição anti-natural.
Sobre a reclamação de falta sobre Jean Irmer, no início da jogada que termina com o segundo pênalti a favor do Goiás, houve concordância com a análise do árbitro de vídeo de que o lance foi normal pelos critérios que Wagner Magalhães utilizou na referida partida.
Já quanto ao pênalti de David Ricardo sobre Thiago Galhardo, a argumentação foi de que o agarrão do defensor justificou a marcação da infração.