CBF reconhece erro de arbitragem e explica o que ocorreu em Ceará x São Paulo

Entidade afirmou que áudios e vídeos foram consultados para esclarecimento dos fatos

Um dia após a polêmica em Ceará 1x1 São Paulo, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) se manifestou oficialmente sobre o assunto. Nesta quinta-feira (26), a entidade divulgou nota oficial esclarecendo a cronologia dos acontecimentos que levaram à anulação de gol do São Paulo e admitindo que houve falha na ocasião.

O grande problema foi pelo fato que o árbitro Wagner do Nascimento Magalhães validou gol de Pablo após consulta ao VAR e autorizou o reinício do jogo. O Ceará bateu o centro e recolocou a bola em jogo, até que, segundos depois, o juiz paralizou a partida e, em nova consulta, anulou o gol.

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Segundo a CBF, "uma comunicação paralela, mantida entre o árbitro central e o quarto árbitro, a respeito da aplicação de um cartão amarelo para um jogador do Ceará, prejudicou a comunicação que vinha sendo mantida entre o árbitro de campo e o VAR. E fez com que o árbitro central não ouvisse a solicitação da cabine do VAR e autorizasse o reinício da partida".

A entidade afirmou ainda que "facultou aos clubes envolvidos na partida a possibilidade de comparecerem à sede da Confederação Brasileira de Futebol para os esclarecimentos que se façam necessários".

Na avaliação do São Paulo, houve um erro de direito - que é quando o árbitro erra a aplicação de uma regra e que pode levar à anulação de uma partida. Raí, executivo de futebol do clube, afirmou que o clube reúne informações para definir quais medidas serão adotadas.

VEJA A NOTA DA CBF NA ÍNTEGRA

Após a análise dos áudios e imagens da cabine do VAR e dos fatos ocorridos na partida entre Ceará Sporting Club e São Paulo Futebol Clube, realizada nesta quarta-feira (25), pelo Campeonato Brasileiro da Série A, a Comissão Nacional de Arbitragem esclarece a cronologia dos acontecimentos que levaram à anulação de gol do São Paulo Futebol Clube:

1 – Importante registrar que, inicialmente, a arbitragem de campo, diante do lance concluído, marcou impedimento do atacante do São Paulo, invalidando o gol.

2 – Após a primeira checagem da jogada de ataque do São Paulo, o árbitro de vídeo informou tratar-se de lance legal, o que fez com que o árbitro central validasse o gol para a equipe visitante de forma factual, ou seja, sem necessidade de ir até a área de revisão.

3 – Constatado que haveria mais um lance a ser revisado, o árbitro de vídeo imediatamente iniciou este segundo procedimento de checagem, momento em que solicitou ao árbitro central que aguardasse o processo ser concluído para, aí sim, determinar o reinício da partida.

4 – Acontece que uma comunicação paralela, mantida entre o árbitro central e o quarto árbitro, a respeito da aplicação de um cartão amarelo para um jogador do Ceará, prejudicou a comunicação que vinha sendo mantida entre o árbitro de campo e o VAR. E fez com que o árbitro central não ouvisse a solicitação da cabine do VAR e autorizasse o reinício da partida.

5 – Imediatamente o VAR alertou ao árbitro, que interrompeu a partida para que o procedimento de checagem, que já estava em curso antes do reinício, fosse concluído.

6 – Por fim, o VAR comunicou ao árbitro central que o lance que deu origem ao gol foi ilegal e que, portanto, deveria ser mantida a decisão inicial da arbitragem de campo, que invalidou o gol de forma correta.

Diante do ocorrido, a Comissão Nacional de Arbitragem facultou aos clubes envolvidos na partida a possibilidade de comparecerem à sede da Confederação Brasileira de Futebol para os esclarecimentos que se façam necessários.