Echevéria: veja tipos e dicas de como cuidar da planta

Planta precisa de bastante luminosidade para crescer

A echevéria é uma planta popular, com origem no México e na África do Sul. De cultivo e manutenção fáceis, ela é uma ótima opção para decorar a casa ou presentear amigos queridos. 

O professor Eliseu Marlônio Pereira de Lucena* detalhou, em entrevista ao Diário do Nordeste, que a planta é fácil de cuidar e requer pouca atenção, sendo necessário apenas estar atento ao teor de nitrogênio no adubo — que deve ser baixo — e à frequência das regas. A planta também tem preferência pelo sol, precisando receber bastante luz. 

Quais os tipos de Echevéria?

No Brasil, existem três espécies de echevéria roxa (rosa-de-pedra-roxa) sendo cultivadas, segundo o especialista. Dentre elas, estão:

  • Echeveria atropurpurea (Baker) Morren: com caules glabros, rosetas de até 20 folhas roxo-escuras, flores vermelhas e origem desconhecida;
  • Echeveria bifida Schltdl: com caule muito curto, rosetas de até 15 folhas levemente vináceas, flores vermelho-amarelas e nativa do México;
  • Echeveria racemosa Schltdl. & Cham: com caule de até 5 cm de comprimento, roseta de até 13 cm de diâmetro verde a marrom-avermelhada, flores vermelhas e nativa do México.

Em relação à espécie de echevéria rosada (rosa-de-pedra-rosada), o Brasil cultiva apenas a:

  • Echeveria colorata E. Walter: planta desprovida de caule, rosetas de até 25 folhas, flores alaranjadas e nativa do México.

De uma forma geral, a echevéria é uma planta com grande variedade de espécies. Elas podem ser usadas para decoração.

Quais os cuidados necessários?

Dentre os cuidados apontados por Eliseu, estão:

  • Evitar molhar a folhagem, para evitar manchas ou apodrecimento;
  • Não utilizar esterco como adubo;
  • Evitar formulações muito nitrogenadas, porque podem favorecer o crescimento exagerado e reduzir a beleza da panta;
  • Usar adubações regulares com fórmulas contendo menos nitrogênio.

Além disso, também é necessário deixar o solo úmido. 

Como cultivar?

O cultivo pode ocorrer em temperaturas mais amenas ou mais quentes, a depender da espécie de echevéria. Por isso, ao comprar uma planta desse tipo, é importante consultar um especialista para indicar as melhores condições. 

Porém, em todos os casos, a luminosidade deve ser alta e a planta deve ter substratos drenáveis para receber regar regulares. Só é possível repor o solo com água, quando o substrato secar. As adubações também devem ter baixo teor de nitrogênio

"A propagação pode ser feita por meio de estacas de folhas, ramificações com rosetas, rebentos ou sementes (mais lenta). Para melhorar a drenagem, podemos acrescentar areia ao substrato, porém não mais que 20% do total, bem como, pedriscos, perlita e outros elementos que podem ajudar a arejar o substrato".
Eliseu Marlônio Pereira de Lucena
Professor

Como regar?

A frequência para repor água vai variar a depender das espécies. No entanto, o especialista aponta que, em geral, o grupo requer regas mais frequentes do que a maioria dos cactos. 

Por isso, o mais recomendado é fazer a rega de forma escassa, sendo apenas o necessário para umedecer o solo

O que fazer quando a suculenta crescer demais?

O crescimento da planta pode estar relacionado com dois pontos:

  • Excesso de adubação nitrogenada;
  • Falta de luminosidade.

Com isso, pode ocorrer o caso do "estiolamento", quando a planta fica com hastes compridas demais e folhas muito espaçadas. Nesses casos, Eliseu explica que não é possível fazer com que a echevéria volte ao normal.

"Mas podemos fazer mudas e plantá-las em um local com a luminosidade ideal e baixa quantidade de nitrogênio", pontua.

Echevéria gosta de sol ou de sombra?

A planta echevéria precisa de luz solar direta. Por isso, em muitos casos, o mais recomendado é deixá-la em um ambiente que seja exposto ao sol, mas que possa protegê-la de ocorrências ruins, como estufas e telados. 

Qual a diferença entre echevéria e rosa-de-pedra? 

O especialista explica que a rosa-de-pedra é o nome vulgar para a maioria das espécies do gênero Echeveria, por isso, não há diferença entre elas.

"Podemos também aportuguesar o gênero e chamarmos vulgarmente estas plantas que pertencem a este gênero de 'as echevérias'", acrescenta. 

*Prof. Dr. Eliseu Marlônio Pereira de Lucena, Pós-Doutor, Professor Associado do Curso de Licenciatura em Ciências Biológicas/CCS e do Programa de Pós-Graduação em Ciências Naturais/CCT, Coordenador do Laboratório de Ecofisiologia Vegetal, Curador do Herbário do Museu de História Natural do Ceará Prof. Dias da Rocha, Universidade Estadual do Ceará, Campus do Itaperi, Fortaleza, CE, Brasil.