Samara Felippo voltou a cobrar atitudes para garantir a segurança da filha Alicia, que sofreu racismo na Escola Vera Cruz, em São Paulo, em abril. Em entrevista ao Fantástico deste domingo (5), a atriz contou como foi encontrar a herdeira após o episódio.
"A gente chegou em casa e eu vi a Alicia debruçada na mesa, tendo que refazer cada linha. Ela chorava compulsivamente porque estragaram o trabalho dela. É impossível uma mãe não sentir raiva nesse momento. Eu não quero ver minha filha chorando. Nenhuma mãe quer", relatou Samara.
Samara contou ainda as autoras danificaram um trabalho escolar de Alicia. "Arrancaram todas as páginas de um trabalho que ela fez com muito capricho e dentro do caderno tinha uma frase de cunho racista gravíssima", continuou a artista.
A atriz quer poupar a filha de rever as autoras. ""Eu gostaria que a minha filha não convivesse mais com as agressoras. Quando essas meninas voltarem ao ambiente escolar, se voltarem, a minha filha vai revisitar essa dor. Você entende? Eu não quero mal, eu não estou odiando ninguém", disse.
O que diz a escola
A Escola Vera Cruz possui desde 2019 um projeto de educação antirracista. Daniel Helene, coordenador do ensino fundamental da instituição, reconheceu que foi um ato racista.
"A Alicia nos trouxe a questão, e fomos imediatamente a todas as salas do nono ano, onde a fala sobre o ocorrido envolvia reconhecer aquilo como uma atitude racista grave. As agressoras ficaram suspensas por tempo indeterminado para que a escola pudesse amadurecer todos os processos de outras sanções eventualmente cabíveis àquela situação", frisou.