O youtuber Monark publicou vídeos pedindo desculpas à comunidade judaica por defender a existência de um partido nazista e por fazer falas preconceituosas. Ele justificou que "estava bêbado" e pediu perdão pela "insensibilidade".
"Eu queria pedir desculpa mesmo porque eu errei. Eu estava muito bêbado e fui defender uma ideia que acontece em outros lugares do mundo, mas fui defender essa ideia de um jeito muito burro. Eu falei de uma forma muito insensível com a comunidade judaica", comentou.
Na tarde desta terça-feira (8), o youtuber foi demitido dos Estúdios Flow.
Confira vídeo de desculpas
— ♔ Monark (@monark) February 8, 2022
Na sequência de desculpas, o apresentador do Flow Podcast ainda pede "compreensão": "são quatro horas de conversa. Dá a entender que eu estava defendendo coisas abomináveis. É uma merda, errei para caralh*".
'Fora do contexto'
Nesta terça-feira (8), Monark usou as redes sociais para esclarecer que as declarações realizadas no episódio, e que estão circulando na internet, foram tiradas do contexto. O apresentador explica que, na ocasião, ele e os convidados discutiam sobre comunismo e nazismo.
"A gente tava argumentando que existem partidos comunistas e o comunismo matou muita gente. Então é uma ideologia que também teve muitos problemas e, mesmo assim, a gente tem partido comunista e é plenamente aceito," afirmou.
Nazismo
A esquerda radical tem muito mais espaço que a direita radical, na minha opinião. As duas tinham que ter espaço, na minha opinião [...] Eu acho que o nazista tinha que ter o partido nazista reconhecido pela lei", disse Monark no podcast.
Meu apoio ao povo judeu. É inconcebível em 2022 achar que o nazismo possa ter espaço. É uma ideologia genocida que assim como o comunismo, só trouxe destruição
— Kim D. Paim (@kimpaim) February 8, 2022
Lembrando que o Monark é da turma do Sérgio Moro e o podcast é alinhado ao MBLpic.twitter.com/Sw4f88Yjtj
A deputada Tabata rebateu as falas do podcaster, afirmando que o comentário ultrapassou os limites da liberdade de expressão e que o nazismo coloca a população judaica em risco.
"Liberdade de expressão termina onde a sua expressão coloca em risco coloca a vida do outro. O nazismo é contra a população judaica e isso coloca uma população inteira em risco", opinou a parlamentar.