Jornalista Lygia Fazio, morta após cirurgia estética, havia revelado arrependimento por silicone

Modelo tentava conscientizar outras mulheres sobre os riscos das substâncias aplicadas

A jornalista e modelo Lygia Fazio, que morreu na última quarta-feira (31) por complicações de uma cirurgia estética no bumbum, havia revelado o arrependimento de aplicar o PMMA (polimetilmetacrilato, um componente plástico) e o silicone industrial.

Em desabafo a uma amiga, ela disse que a realização dos procedimentos era uma "bomba-relógio". Ela estava internada há cerca de três semanas após sofrer um Acidente Vascular Cerebral (AVC) por conta da cirurgia.

Já nas redes sociais, ela tentava conscientizar outras mulheres sobre os riscos das substâncias aplicadas.

"Como queria voltar no tempo. Eu era assim. Sem conhecimento, apliquei PMMA e silicone e quase morri. Sou grata ao Senhor por estar viva. E por ajudar muitas pessoas a não passarem pelo que passei", disse Lygia na época.

"Este é um alerta para que vocês não coloquem plásticos no corpo. É muito bom viver… Não coloquem esses produtos no corpo, e eu ainda fiz mistura. O PMMA é feito com cânula e o silicone com seringa! Os dois me fizeram mal!", alertou.

Consequências

Lygia também foi moderadora do perfil "Vítimas da bioplastia" no Instagram, uma página que reunia depoimentos de mulheres que sofreram consequências do procedimento, a fim de alertar outras possíveis vítimas.

"Meu corpo é o meu principal companheiro. Aprendi a amá-lo do jeito que é", disse a modelo em uma postagem.

No perfil, a modelo contou que sofreu com o aumento repentino das taxas de cálcio e creatinina no corpo, recebeu diagnóstico de rins em processo de calcificação e uma necrose de partes da pele por conta das aplicações.

"Agora estou aqui avisando pra ninguém pôr (o silicone industrial), porque todo mundo acha lindo, mas é uma bomba-relógio", afirmou.