Família de fã que morreu em show de Taylor Swift aparece em apresentação da cantora em SP

Aparição de parentes da jovem Ana Clara Benevides aconteceu numa área comumente reservada para convidados e familiares da cantora norte-americana

A família de Ana Clara Benevides, estudante de psicologia que morreu durante o primeiro show da The Eras Tour, da cantora Taylor Swift, no Rio de Janeiro, no último dia 17 de novembro, esteve presente na apresentação realizada em São Paulo, na noite deste domingo (26). 

Os parentes da vítima foram vistos na tenda VIP montada na Allianz Parque. Eles usavam camisas com a foto da menina estampada. O espaço em que estiveram é o mesmo comumente reservado pela estadunidense para os seus convidados e familiares.

Ana Clara tinha 23 anos, era do Mato Grosso do Sul e viajou até a capital fluminense para acompanhar de perto a performance da artista. Durante o evento, ela passou mal, recebeu atendimento pelas equipes que prestavam apoio no local e foi levada para um hospital na região do Estádio Nilton Santos (Engenhão), onde acontecia o show.

Ao dar entrada na unidade hospitalar, foi constatado que ela teve uma parada cardiorrespiratória. Apesar do socorro, ela não resistiu e morreu. Um laudo preliminar, feito com base em exames realizados pelo Instituto Médico Legal (IML), apontou que a fã foi vítima de uma hemorragia pulmonar. A informação foi confirmada pela Polícia Civil à CNN Brasil.

Na última segunda-feira (20), novos laudos foram solicitados. Ao que disse a delegada Juliana Almeida, que investiga o caso, a previsão de entrega dos resultados é de 30 dias. 

A suspeita inicial foi de que a morte da garota tenha sido provocada pela forte onda de calor que atingiu o Rio. A sensação térmica no dia da tragédia ficou perto dos 60º C. Outras pessoas que estavam na plateia reclamaram de mal estar durante a apresentação.

Críticas e pronunciamento da T4F

Tanto a cantora quanto a Time For Fun (T4F), empresa responsável por promover a turnê no Brasil, foram alvo de críticas por conta do ocorrido e pela falta de assistência após a morte de Ana Clara.

A família enfrentou dificuldades para fazer o transporte do corpo da jovem de São Paulo até o Mato Grosso do Sul. O serviço só foi possível por conta da iniciativa de fã-clubes que fizeram uma vaquinha para arrecadar dinheiro. Pelo que noticiou o g1, em menos de 12 horas, foi levantada uma quantia correspondente a R$ 30 mil.

Quase uma semana após o incidente, na última quinta-feira (23), o CEO da T4F, Serafim Abreu, se posicionou publicamente sobre o caso. O pronunciamento do empresário aconteceu por meio de um vídeo.

Na gravação, ele diz que a empresa poderia "ter tomado algumas ações alternativas" e "adicionais" as que foram tomadas para mitigar a sensação térmica vivenciada no dia em que tudo aconteceu.

"Esse aprendizado nos fez incorporar novas práticas para eventos em dias de calor extremo, como fizemos imediatamente nos shows seguintes", relatou em outro trecho do registro.

Abreu também pediu desculpas pela demora em fazer a manifestação pública, mas justificou que o atraso se deu porque o foco dos responsáveis estava em "incorporar os aprendizados" que tiveram.

Por fim, Serafim considerou a morte da consumidora como algo isolado. "Infelizmente, pela primeira vez em mais de 40 anos de atuação, tivemos uma fatalidade em um evento organizado pela Time for Fun", indicou, colocando-se à disposição dos familiares na prestação de assistência.