Ana Clara Benevides Machado, 23, universitária que morreu após passar mal no primeiro show de Taylor Swift, no Rio de Janeiro, teve exaustão térmica causada pelo calor. A informação foi confirmada em laudo de necropsia divulgado pelo G1, nesta quarta-feira (27).
A apresentação aconteceu no dia 17 de novembro, no Estádio Nilton Santos, o Engenhão, para um público de aproximadamente 60 mil pessoas. Na época do show, o Rio de Janeiro passava por uma onda de calor extremo, com temperatura acima dos 40ºC.
Ana Clara teve uma parada cardiorrespiratória. Ela chegou a ser levada ao hospital, mas não resistiu.
Segundo o G1, a perícia concluiu que a jovem estava exposta a calor difuso (ou seja, que havia calor extremo no ambiente); que a exposição foi indireta; que a fonte do calor foi o sol; que a evolução clínica aponta exaustão térmica com quadro de choque cardiovascular e comprometimento grave dos pulmões, evoluindo para morte súbita.
Hemorragia interna
Conforme documento divulgado pela TV Globo, Ana Clara morreu por hemorragia alveolar, ou seja, houve rompimento dos vasos sanguíneos que irrigam os pulmões, e congestão polivisceral, que significa a paralisação de vários órgãos por exposição difusa ao calor.
O caso foi registrado na 24ª Delegacia de Polícia. Com o resultado do laudo, representantes da Time For Fun (T4F), organizadora do show, devem ser intimados a depor.
"Foram feitos quatro exames além desse laudo complementar. Então, num outro exame ficou determinado que a Ana Clara não ingeriu bebida alcoólica, não consumiu substâncias tóxicas e também não tinha doenças preexistentes", informou à emissora a delegada Juliana Almeida.
"O próximo passo do inquérito policial agora é realizar a oitiva dos organizadores do evento pra saber quais foram as medidas que eles tomaram no dia. Diante do que o laudo apontou e das demais diligências que a gente vai realizar, as oitivas, pode levar ao indiciamento por homicídio culposo", completou.