Assassino condenado de Daniella Perez, o ex-ator Guilherme de Pádua viu seu nome ficar novamente em evidência após a estreia da série documental da HBO "Pacto Brutal", que fala sobre o crime cometido em 1992.
Em "A História que o Brasil Desconhece", livro com circulação proibida pela Justiça em 1995, Guilherme de Pádua escreveu sua versão sobre os fatos, com muitos detalhes já negados pela família da atriz.
Em uma dessas versões, ele classifica a então esposa Paula Thomaz como uma pessoa ciumenta e violenta, atribuindo unicamente a ela a autoria das tesouradas dadas em Daniella. As informações estão em reportagem da Folha de São Paulo, que teve acesso a um dos exemplares do livro.
Segundo o jornal, Paula já aparece nas primeiras páginas do livro como uma mulher dada a arroubos violentos, que zombava de Daniella e que não queria que os dois se beijassem em cena. Segundo narra na publicação, foi ela quem armou a emboscada que acabou no assassinato da atriz.
Na versão, descrita em 3ª pessoa no livro, Pádua teria dito à mulher que ele e Daniella Perez haviam marcado uma conversa num lugar afastado e que ele teria concordado que Paula Thomaz os seguisse em segredo, num carro de trás.
Golpe em Daniella sem querer
Neste momento, Paula teria interrompido a conversa dos dois e começado a brigar com Daniella. Na tentativa de apartar as duas, o autor do livro teria golpeado a atriz sem querer e a feito desmaiar. Quem desferiu as estocadas, segundo ele, foi Thomaz, em um ato de desespero, julgando que ela já estava morta.
A versão de Guilherme não foi aceita pela Justiça, que condenou ambos os réus por homicídio qualificado.
"Guilherme terminou de escrever seu livro sentindo-se ainda confuso, pensando que talvez ele devesse ter morrido e não Daniella", é como ele encerra a obra. "Passaria o resto de sua vida buscando o porquê de ela ter partido e de ele ter ficado no imenso precipício que é a vida".