Cunhada de Eloá se manifesta após caso ser exposto no Linha Direta: 'preferem a dor'

O crime aconteceu em 2008 e teve grande repercussão nacional

A cunhada de Eloá Pimentel, Cintia Pimentel, usou as redes sociais para se posicionar sobre o caso exposto no programa Linha Direta, que teve estreia na quinta-feira (4). Em publicação nesta sexta-feira (5) criticou a exibição do sequestro e assassinato de Eloá. 

"Até ontem estava tudo tão bem! Estavam todos bem! Hoje seria o aniversário de 30 anos...Eu não tenho propriedade para falar em nome da perda, pois apesar de sentir muito, não sinto na pele o que é perder um filho e peço a Deus que nenhum de nós experimente estar nessa situação",afirmou.

E mais uma vez digo: existiram sonhos, anseios, sorrisos, planos, histórias e muito mais coisas positivas que poderiam deixar a memória sempre viva nessa e em outras gerações.
Cintia Pimentel
Cunhada de Eloá

Conforme ela, a Globo preferiu explorar os momentos de dor. "Mas não, preferem a dor, preferem resumir a história somente ao que trás a tona os piores momentos da vida de alguém. Espero que isso sirva ao menos para sensibilizar o país, e mostrar que algumas leis precisam ser revistas. Que Deus, novamente, console o coração dos que agora estão revivendo essa dor", concluiu.

Relembre o Caso Eloá 

Tudo começou no dia 13 de outubro de 2008, quando por volta das 13h, Lindemberg Alves Fernandes, de 22 anos, invadiu o apartamento da ex-namorada Eloá Cristina Pimentel. 

Inconformado com o fim do relacionamento, Lindemberg manteve Eloá e outros três colegas em cárcere de privado. Iago Vilera e Victor Campos foram liberados pelo sequestrador na mesma noite do dia 13. Nayara, outra colega de Eloá, também chegou a deixar o local, mas, acabou voltando para o cativeiro em busca de ajudar nas negociações. 

Após 100 horas de tentativas frustradas de negociações, a Polícia invadiu o apartamento, Lindemberg reagiu atirando contra as duas garotas. Eloá morreu com um tiro na cabeça e outro na virilha. Nayara foi atingida no rosto, mas sobreviveu. 

O crime ocorreu em Santo André, no ABC paulista.

Em 16 de fevereiro de 2012, Lindemberg Alves foi condenado a 98 anos e dez meses de prisão pelos 12 crimes pelos quais foi julgado.