A amiga que acompanhava Ana Clara Benevides no show da Taylor Swift postou uma homenagem após 21 dias da morte da estudante. Em publicação nesta sexta-feira (8), a bióloga Daniele Menin declarou: "sempre vou me lembrar dela linda, feliz. Te amo, amiga, para sempre".
A jovem de 23 anos morreu no dia 17 de novembro, data do primeiro show da cantora estadunidense no Rio de Janeiro. Ela estava na grade do estágio Engenhão, na pista premium, quando desmaiou. Apesar de ter sido reanimada no estádio, Ana Clara não resistiu e morreu no hospital devido a uma parada cardiorrespiratória.
Daniele relata que as duas estavam animadas para realizar o sonho de ver a "loirinha", como Taylor é carinhosamente chamada pelos fãs. Ambas compraram o pacote VIP — que incluía ingresso, brindes e entrada antecipada no estádio — e se prepararam para o show.
"Eu e Ana compramos ingressos VIPs, que era o mais caro, mas foi o que a gente conseguiu comprar, porque a compra dos ingressos foi uma loucura, apelidado de 'jogos vorazes', a gente achou que nem ia mais conseguir ingressos".
As duas se encontraram no aeroporto do Rio de Janeiro, no dia 16 de novembro, após mais de um ano sem se ver. No dia seguinte, a saga para assistir ao tão sonhado show teve início.
Relato sobre o dia 17 de novembro
"A gente acordou cedinho e começamos a nos arrumar. Tinha chegado o grande dia, iríamos ver a mamis Taylor, vulgo Loirinha...'tacamo' brilho na cara, coisa que não podia faltar para Ana", detalhou.
As duas pegaram o "transfer", do hotel para o estádio, e chegaram na fila às 11h30. No local, tomaram quatro garrafas de água, compraram uma sombrinha, e comeram barrinhas de proteína e picolés.
Os portões abriram às 15h, e as duas conseguiram ser uma das primeiras, garantindo a grade. No entanto, esperaram por mais de três horas até a cantora Sabrina Carpenter, que fazia o show de abertura, entrar.
"O calor era horrível, mas a gente conseguiu ficar na grade e conseguíamos pegar água com o pessoal que estava distribuindo. Na minha cabeça, a gente estava bem, só literalmente derretendo. Uma hora eu fiquei tonta e comi uma barrinha de proteína. Ana comeu também".
Segundo ela, as duas estavam constantemente se cuidando e não passaram dos próprios limites. Foi no começo do show da Sabrina, que perceberam algo estar errado. "Já tinha ido umas dez meninas para posto de apoio, a maioria quase desmaiando. Isso só perto de nós, era assustador, as notícias depois revelaram que a sensação era de 60 ºC. A gente ficava assustada. Nunca senti um calor tão extremo na minha vida".
Foi durante a música "Cruel Summer", primeira do show, que Ana passou mal. "Do nada, infelizmente o pesadelo começou. Não fizemos nenhuma loucura, simplesmente fomos para o show da nossa artista favorita. Infelizmente, o calor foi tanto que aquilo virou um pesadelo".
Presença da família no show da Taylor
Na publicação, Daniele agradeceu ao apoio de amigos e defendeu a família de Ana das críticas que receberam por ir ao show da Taylor em São Paulo, no dia 26 de novembro.
"Foi uma forma de terminar de realizar o nosso sonho. A todo momento, eu senti a presença da Ana comigo naquele show, foi como se eu soubesse que ela estava ali comigo. Meu coração ficou feliz de novo".
Segundo ela, foi por conta do show, que o pai de Ana conseguiu se sentir mais próximo da filha.
"O que confortou a família, os amigos e eu, foi que ela foi feliz, ela não sentiu dor, não sentiu nada, ela estava radiante de felicidade! E que ela continue assim, onde ela estiver. A Ana era alegria em pessoa, 'bicha bonita' como a gente dizia, a rainha das maquiagens, e brilho, muito brilho por favor!", concluiu.