‘A morte não é um fim’: filho de Preta Gil homenageia mãe em publicação nas redes sociais

O neto de Gilberto Gil tem 30 anos e é o único filho de Preta Gil

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Redação producaodiario@svm.com.br
(Atualizado às 20:46)
Colagem de fotos de Francisco Gil e Preta Gil
Legenda: Fran, como é conhecido no mundo artístico, nasceu em 20 de janeiro de 1995, quando os pais já estavam acomodados em um apartamento na Gávea
Foto: Reprodução / Redes sociais

Francisco Gil, filho da cantora Preta Gil, publicou em suas redes sociais, na noite desta terça-feira (22), uma homenagem à sua mãe. Em seu texto, o artista disse que “a morte não é um fim". 

“Como disse seu pai pra mim depois de você partir: ‘que agora venham os 50 bilhões de anos…’. Estenda-se infinito, mãezinha. A gente que é de axé sabe que a morte não é um fim.”, compartilhou Francisco.

O neto de Gilberto Gil tem 30 anos e é o único filho de Preta Gil. O cantor, que integra a banda "Gilsons", é fruto do relacionamento da artista com o ator Otávio Müller, primeiro namorado dela.

Fran, como é conhecido no mundo artístico, nasceu em 20 de janeiro de 1995, quando os pais já estavam acomodados em um apartamento na Gávea. Porém, no mesmo ano, o casal se separou.

"O amor se transformou. Se transformou numa coisa linda, de amizade. Mas, o casamento, acabou", escreveu Preta.

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Morte de Preta Gil

Preta Gil morreu nesse domingo, aos 50 anos, vítima de um câncer de intestino. Ela estava nos Estados Unidos em busca de um tratamento alternativo para a doença.

Hospedada em Nova York, a cantora recebeu visitas de diversos amigos e familiares, como Bela Gil, Cláudia Raia, Nicolas Prattes, Sabrina Sato, Ivete Sangalo e Carolina Dieckmann.

Homenagem completa

na nossa última noite juntos, você dormia e eu acompanhava cada respiração sua. você segurava minha mão com força… e eu sem entender de onde você tava tirando aquela força. já faz muito tempo que venho tentando entender de onde vem essa sua força toda.. e agora entendo. o motor da sua vida sempre foi amar e amar sempre foi o seu maior dom. o amor sempre foi ação pra você… nunca se estagnou. você foi implacável amando. sua força vinha da vontade de viver, de ver a sua neta sol de maria crescer e vinha da gente que estava lutando junto com você. de um país inteiro que torceu… e assim lutou junto também. esse amor também chegou pra todos nós. a rede de apoio mais linda, que você construiu.

a sua compulsão era a generosidade. ter o seu amor foi um impacto grande pra qualquer um e eu nunca me incomodei de dividir ele com ninguém, porque foi você quem me ensinou que o amor não se limita. e você amou tanto… tanto. você foi — e será sempre — tão amada, mãe. que privilégio ter vindo pra esse mundo de dentro de você. minha melhor amiga.

eu tava com muito medo… mas determinado a encarar tudo com você. e a gente encarou, mesmo com você tentando me poupar. eu me despedi de você e tentei fazer com que você não percebesse… claro que você percebeu. e claro que esperou que eu fizesse isso pra poder partir. você sorriu, e eu nunca vou esquecer desse sorriso. seu olhar tinha muito mistério… mas entendi. a gente sempre se entende… assim como nesse exato instante. no seu adeus tinha também um até logo. presença absoluta que agora só muda de perspectiva.

seu olhar também tinha a curiosidade de sempre… e muita coragem pra encarar o que estivesse por vir. e foi assim que você deu seu jeito de me proteger e me deixar seguro de que — como sempre — você sabia bem o que tava fazendo. o seu tempo foi esse… e foi intenso. como disse seu pai pra mim depois de você partir: “que agora venham os 50 bilhões de anos…”

estenda-se infinito, mãezinha. a gente que é de axé sabe que a morte não é um fim.

as fotos são dessa última semana. a primeira foi a última com a sol, e a segunda foi a nossa última foto.

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